Wellington Magalhães será ouvido na quinta-feira

Paulo Henrique Lobato
04/11/2019 às 20:33.
Atualizado em 05/09/2021 às 22:33
 ( KAROLINE BARRETO/CMBH)

( KAROLINE BARRETO/CMBH)

A comissão processante que investiga o vereador Wellington Magalhães (DC) na Câmara Municipal de Belo Horizonte contará com mais um capítulo importante, nesta quinta-feira, quando ocorrerá o depoimento do próprio parlamentar. Na mesma manhã serão ouvidas três testemunhas arroladas pela defesa e que também são legisladores: Autair Gomes (PSC), Jair Di Gregório (PP) e Coronel Piccinini (PSB).

A denúncia contra Magalhães foi apresentada pelo vereador Mateus Simões (Novo), que o acusa, por exemplo, de quebra de decoro parlamentar pelo uso de tornozeleira eletrônica. O ex-presidente da Câmara foi preso preventivamente em 2018, suspeito de desviar recursos em contratos que somam R$ 30 milhões. Ficou afastado por mais de um ano do Legislativo e, por decisão judicial, retornou ao cargo em junho passado.

Magalhães também é suspeito de intimidar parlamentares e de tráfico de influência. Teria, por exemplo, intermediado junto à BHTrans a remoção de um ponto de ônibus que estaria incomodando um amigo desembargador.

O denunciado também é suspeito ter mentido ao Ministério Público sobre seu paradeiro: Magalhães teria informado aos investigadores que não estava em Belo Horizonte quando, segundo Mateus Simões, estaria na capital.

A fase de instruções será encerrada pela comissão processante em 7 de novembro. A defesa terá cinco dias para apresentar as contrarrazões. A expectativa é a de que a comissão processante vote o relatório em 20 de novembro. O documento poderá arquivar o caso ou recomendar a votação em plenário pela cassação. Neste caso, o mais provável é que o futuro de Magalhães seja decidido em 23 de novembro. 

Para perder o mandato, é preciso o aval de 28 dos 41 vereadores. Esta é a segunda vez que o ex-presidente da Câmara é investigado na Casa. No ano passado, acusado de desviar recursos em contratos públicos, manteve o mandato em razão de a quantidade de vereadores que desejaram punir o parlamentar não somar 28 votos. Foram 23 votos pela cassação e 15 abstenções.

O Hoje em Dia não conseguiu contato com o ex-presidente da Câmara, mas, em outras oportunidades, Magalhães negou as acusações e disse que é alvo de perseguição política. 

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