Zema fala em ficar livre da 'velha política' em segundo turno com Anastasia e critica Pimentel

Lucas Simões
lsimoes@hojeemdia.com.br
07/10/2018 às 21:56.
Atualizado em 10/11/2021 às 02:51
 (Lucas Prates)

(Lucas Prates)

Protagonizando uma virada surpreendente na corrida ao Palácio da Liberdade, o empresário Romeu Zema (Novo) somou a maioria dos votos válidos (42,9%), ultrapassando 4 milhões de votos no primeiro turno, e vai disputar o segundo turno contra o senador Antonio Anastasia (PSDB), que atingiu 29,04% dos votos - em um resultado que contrariou todas as pesquisas de intenção de voto antes da eleição.

Após o resultado, na noite deste domingo (7), Zema concedeu entrevista coletiva no Hotel The One, no bairro Luxemburgo, cercado por apoiadores de campanha. Em seu discurso, o candidato do Novo falou da virada sobre Pimentel, que estava em segundo lugar em todas as pesquisas de intenção de voto, mas acabou superado na apuracao das urnas.

"A derrota do PT é resultado da má gestão que eles fizeram", disse o empresário. "O primeiro turno foi oportunidade dos mineiros se verem livre da destruição que prejudicou o Estado. O segundo turno é para mostrar que Minas irá derrotar a velha política", disse Zema, em alusão a Pimentel e Anastasia.

Campanha

A campanha de Zema foi praticamente toda construída na internet, uma vez que o candidato do Novo teve apenas seis segundos durante 35 dias de horário eleitoral veiculado no rádio e na televisão. Dos quatro debates televisivos durante o primeiro turno, Zema só participou do embate promovido pela TV Globo, no último dia 22.

Na ocasião, o candidato do Novo chegou a defender um eventual apoio ao presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) — apesar de ter se retratado um dia depois do debate — e disparou nas pesquisas de intenção de voto. Questionado se a associação de sua candidatura a Bolsonaro pode ter impulsionado sua crescente ao segundo turno, Zema desconversou. "Minhas palavras foram mal compreendidas ali porque o que eu quis dizer foi que eleitores do Bolsonaro também votavam no Novo", justificou Zema.

O candidato do Novo também deixou em aberto um possível apoio a Bolsonaro, apesar de ter garantido que não fará aliança ou dará apoio a candidaturas do PT. "O que posso dizer é que com o PT eu ano estarei", disse Zema. "Eu sou um soldado do partido. Não decido nada sozinho e a partir de amanhã vamos começar a conversar para decidir os apoios", completou Zema.

Ao lado do vereador Mateus Simões (Novo) e do candidato a vice Paulo Brant, Zema reforçou as políticas que pretende implantar no Estado, caso seja eleito, como a privatização de empresas estatais, a exemplo da Cemig, e o corte de 80% de cargos comissionados . "Eu vou fazer um corte de despesas como nunca se fez", disse o empresário.

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