
Na Savassi, região Centro-Sul de Belo Horizonte, os protestos contra o governo PT, neste domingo (15), começam a dar lugar à descontração. No quarteirão fechado da rua Pernambuco, cerca de 400 pessoas almoçam ao som de música ao vivo na livraria Status. Todas as mesas estão ocupadas pelo mar verde e amarelo.
O ambulante Nelson Pereira, que atende quem não está sentado, se surpreendeu com o movimento. Em duas horas, ele vendeu mais de seis caixas de cerveja. A unidade saiu por R$ 5.
O tripulante marítimo Renato Barbosa, de 35 anos, acredita que as manifestações são importantes, mas é necessário um boicote aos produtos e serviços nacionais. "Quando a arrecadação do país for reduzida, nós teremos resultado. Não adianta nada usar verde e amarelo e continuar compactuando com a roubalheira", critica. Um boicote à gasolina, na opinião de Renato, seria o começo. "Podemos fazer muitas coisas a pé", diz.
De acordo com a Polícia Militar (PM), cerca de 2 mil pessoas estão concentrada na região da Savassi neste momento. As avenidas Cristóvão Colombo e Getúlio Vargas estão interditadas para o trânsito de veículos.
Praça da Liberdade
O ato pedindo o impeachment da presidente Dilma Rousseff começou às 8h30 na capital mineira. A concentração foi na Praça da Liberdade, também na zona Sul. Cerca de 24 mil pessoas, segundo a PM, participaram do protesto, que ocorreu em clima pacífico e sem tumulto.
Por volta de meio-dia, os manifestantes seguiram para a Praça da Savassi e alguns desceram para a Praça Sete, no Hipercentro.
Para garantir a segurança da manifestação, a PM distribuiu cerca de 15 mil homens na Região Metropolitana. O quantitativo na Praça da Liberdade, ponto de concentração do ato, não foi informado pela corporação.