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PT e PSDB já polarizam disputa pela direção da Prefeitura de BH

Aline Louise - Hoje em Dia
Publicado em 02/03/2015 às 06:56.Atualizado em 18/11/2021 às 06:11.

Oficialmente, os partidos começam a articular as negociações para as eleições municipais de 2016 em setembro deste ano, mas, nos bastidores, muitos já se movimentam para viabilizar suas candidaturas nessa que deve ser uma das disputas mais duras pelo poder em Belo Horizonte.

A conquista da capital mineira, a sexta maior do país, é considerada estratégica tanto para petistas quanto para tucanos, rivais históricos. Os dois grupos devem polarizar a eleição pela sucessão do prefeito Marcio Lacerda (PSB).

No grupo político liderado por PT e PMDB, antes de um nome ser divulgado, deve haver “embate” entre qual das duas legendas irá ocupar a cabeça de chapa. Segundo o deputado federal Leonardo Quintão (PMDB), presidente do partido em Belo Horizonte, a tendência é que a parceria entre as duas agremiações seja mantida. “Como
presidente do diretório vou trabalhar para isso e vamos achar aquele que será o melhor candidato”, disse.

Pelo PMDB, além do nome de Quintão, Sávio Souza Cruz é um dos cotados para disputar o cargo de prefeito da capital. “É muito cedo para dizer, mas com o PT ocupando o Executivo em nível nacional e estadual, nada mais natural que o PMDB reivindicar a cabeça de chapa em BH”, reforçou o deputado Iran Barbosa (PMDB).

Entretanto, justamente por ter a Presidência da República e o governo de Minas, o PT não deve abrir mão de liderar a chapa na capital mineira. Aliás, a palavra final sobre o nome para a disputa deve ser dada pelo governador Fernando Pimentel (PT), garante o secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais, deputado Miguel Corrêa. Ele está entre os cotados no partido, assim como Helvécio Magalhães e Gabriel Guimarães.

PT e PSDB já polarizam disputa pela direção da prefeitura de BHSegundo o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Durval Ângelo (PT), o escolhido do governador será aquele que conseguir “agregar” mais e “viabilizar” sua candidatura. “A pessoa tem que construir um mínimo de consenso interno dentro do PT. Em toda eleição, o PT tem cerca de 30% dos votos em Belo Horizonte, isso é um
potencial muito forte”, disse.

Do lado tucano, “grandes nomes não faltam”, avalia o deputado estadual João Vítor Xavier (PSDB), que está entre os cogitados. Dentre os mais fortes está o senador e ex-governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, que, por enquanto, garante não ter pretensão. Porém, aliados dizem que o nome dele está no jogo.

Os tucanos esperam seguir unidos com o PSB na próxima eleição municipal. O prefeito Márcio Lacerda deve protagonizar a escolha do nome, juntamente com o senador Aécio Neves (PSDB).

Segundo João Vítor, o grupo não almeja apenas a administração da capital. “Estamos em processo de reconstrução do partido na grande BH, para conseguirmos o maior número de prefeituras na Região Metropolitana”, destacou.

A ideia do PSDB é tentar reestruturar o partido a partir das cidades-polo. Com isso, lançará nomes competitivos não só em Belo Horizonte. Na capital, além de Anastasia e Xavier, correm por fora os deputado Rodrigo de Castro e João Leite.

Presidente da Câmara conta com o apoio de 20 vereadores

O presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, vereador Wellington Magalhães (PTN), é outro que “está à disposição” para disputar a prefeitura da capital no ano que vem. Seu “principal cabo eleitoral”, como ele próprio diz, é o vereador Preto (DEM), líder do governo na Casa. “Acredito que o Wellington pode se credenciar a sucessor do prefeito. Ele já tem o apoio de mais de 20 vereadores”, garante Preto.

A possível candidatura de Wellington Magalhães ainda não foi conversada com o prefeito Márcio Lacerda, segundo o vereador. Mas, para ele, o fato de contar com apoio dos colegas pode ser decisivo. “Os outros nomes que temos colocados não têm apoio dos vereadores, são eles que conhecem Belo Horizonte. Com apoio deles e do prefeito,
Wellington talvez seja o candidato mais forte e pode ser até preservado para aparecer de ultima hora”, ressaltou.

Magalhães se elegeu presidente da Câmara Municipal em dezembro passado muito pelo apoio que recebeu de Márcio Lacerda. Ele obteve 25 votos. Dos 41 vereadores, 16 se abstiveram. Mas há ainda outros nomes a serem avaliados pelo prefeito como possíveis sucessores. Seu vice Délio Malheiros (PV) é um deles. Apesar de se esquivar do assunto, Délio já estaria buscando apoio do prefeito. “É natural, por ser vice, que meu nome seja lembrado, mas minha preocupação neste momento é dar sequencia ao meu trabalho na prefeitura”, comentou.

A secretária de Governo de BH, ex-deputada Luzia Ferreira (PPS), também é citada como potencial candidata. Ela não foi reeleita para Assembleia Legislativa e tão logo deixou a Casa assumiu um cargo de destaque na prefeitura, o que seria uma sinalização de que está no “páreo”.

E dentro do partido de Lacerda, o PSB, há ainda outros dois nomes dispostos a se lançarem na disputa, os deputados federais Júlio Delgado e Stefano Aguiar. “Estamos sendo conclamados pela base do partido na capital, junto com o pessoal do interior”, disse Delgado. Segundo ele, esta semana será realizada uma reunião com os
deputados estaduais do partido, para discutir a sucessão.  

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