Que tipo de consumidor você será em 2022? Saiba as características de cada um e tire suas conclusões

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br | @flaviaivo
13/09/2020 às 08:00.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:31
 (Fotos Pexels/Divulgação)

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Já parou para pensar em que tipo de consumidor você será no futuro pós-pandemia? Alguém que está cansado do excesso de produtos e da otimização de tudo ou que se interessa pelo coletivo e quer ou deixou grandes centros urbanos? Ainda, quem sabe você se encaixe naquele perfil hiperconectado, confiante e alto-astral?

Previsões para mudanças de comportamento de consumo são feitas há décadas, mas, em plena explosão digital acelerada pela pandemia do novo coronavírus, tornam-se fundamentais para entender (ou tentar) o mercado. Baseado em dados, métricas e pesquisas, o estudo “Consumidor do Futuro 2022” da WGSN, empresa internacional de antecipação de tendências com escritórios regionais espalhados pelos quatro cantos do mundo, levantou três perfis que prometem movimentar o varejo em pouco tempo.Fotos Pexels/Divulgação

Novos otimistas, comunitários ou estabilizadores? De qual grupo você faz parte?

"Não ficaremos em isolamento social para sempre, mas surgirá um novo mundo. Por isso, é preciso começar a pensar em novos produtos e experiências. Criaremos para um novo tipo de consumidor – não importa o segmento – e é mais importante do que nunca entender o que esse consumidor irá querer a curto, médio e longo prazos", destaca Carla Buzasi, diretora-executiva da WGSN, em carta de abertura do relatório.

“Estabilizadores”, “comunitários” e “novos otimistas” reúnem características e desejos distintos - mesmo que, em algum momento, aconteça uma sobreposição de anseios -, indicando a concretização de uma tendência que estava em desenvolvimento pré-pandemia que era a da personalização, a individualização de produtos e serviços.

Hiperconectividade expõe sentimentos como medo e otimismo em grande escala

Para entender as peculiaridades desses três grupos de consumidores (e até descobrir em qual estamos inseridos), é preciso compreender o contexto em que se formam esses segmentos, reforça o estudo da WGSN

Sendo a conectividade o retrato da nova década em que vivemos, os laços digitais e o uso da tecnologia perpassam as relações interpessoais e com as marcas. A chegada do 5G, o boom de vendas on-line e por aplicativos, além de outras tantas realidades que se formam, farão com que tenhamos, em 2022, quase 30 bilhões de dispositivos conectados em nível global – três vezes a população humana -, de acordo com o relatório “Internet of Things”, divulgado pela Ericsson em 2019.

“Na era digital, esses sentimentos são transmitidos rapidamente em escala global. Um meme enviado pode gerar sorrisos no mundo todo. A imagem de uma floresta em chamas é capaz de gerar uma revolta generalizada. Vídeos de profissionais de saúde celebrando enquanto dão alta a pacientes curados da Covid-19 trazem inspiração”, aponta o estudo ao falar de traços comportamentais apresentados a partir do digital.

Toda essa conjuntura nos leva a um ambiente em que sentimentos como medo e otimismo sobressaem a outros. Esses dois, unidos à dessincronização social e à resiliência equitativa, são os sentimentos-chave descritos pela consultoria internacional. Flávia Ivo

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“Estamos todos esgotados de apenas trabalhar, consumir e adoecer. Em outros campos, como bem-estar, saúde, educação, turismo e mesmo no crescimento da medicina das plantas e tratamentos com óleos essenciais, este desejo de se conectar com a ‘mão na massa’ desacelerando o tempo de uso e consumo”, observa o trend hunter Aldo Clécius.

“Criaremos para um novo tipo de consumidor – não importa o segmento – e é mais importante do que nunca entender o que esse consumidor irá querer a curto, médio e longo prazos”Carla BuzasiDiretora-executiva da WGSN

Perfis

Conhecer para quem se vende ou com quem se fala é o primeiro passo para deslanchar no mercado. Quem diz é uma das maiores referências do Brasil em comportamento de consumo de moda, Walter Rodrigues, coordenador do Núcleo de Design do Inspiramais, Salão de Design e Inovação de Materiais da América Latina.

"Tenho que entender o meu cliente quando ele tirar férias, saber onde ele trabalha, que tipo de roupa e acessórios ele precisa. Precisamos repensar quais as necessidades das pessoas e sair do automático, de olhar a grama do vizinho. Precisa ter propósito e se conectar com o consumidor".

Por isso, detalhar quem são ou serão essas pessoas pode adiantar e muito os projetos de empreendedorismo.Flávia Ivo

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Estabilizadores

Sobrecarregados, ainda que conscientes das pressões que enfrentam e de como combatê-las, os estabilizadores querem a tranquilidade de não ter opções em excesso. Eles desejam produtos que os façam se sentir bem, e esperam o mesmo das experiências oferecidas. "Este grupo parte de alguns sentimentos como ansiedade, medo e incerteza para buscar suas escolhas e a relação com as marcas", revela Julia Curan, consultora sênior da WGSN Mindset. Veja o que ela diz sobre esse tipo de consumidor:

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Comunitários

Este grupo pode estar saindo do alcance logístico da sua marca, mas isso não significa que eles não queiram os produtos e os serviços pelos quais se interessavam antes. Acostumados a um estilo de vida mais agitado, eles querem se manter ativos e relevantes nos lugares onde vivem e para onde estão se mudando, investindo na própria comunidade. "É um grupo que vai querer se reunir em grupos, seja fisicamente ou por meio digital. Terão muito forte a questão do localismo, ficando raízes em suas comunidades", coloca Liliah Angelini, account manager da WGSN Brasil. Veja o que ela diz sobre esse tipo de consumidor:

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Novos otimistas

Os novos otimistas não são um grupo homogêneo, seja em termos de idade ou aparência. Esse grupo aventureiro não tem nenhum problema em defender as próprias crenças, mas faz isso de forma positiva, sem negatividade. Quando se trata de consumo, eles querem compartilhar e celebrar com seus pares otimistas. A inclusão e a conectividade estão no topo da sua lista de prioridades.

"Este grupo acredita que você não precisa ficar com raiva para ser ouvido, apenas ser ativo. São o grupo mais diverso de todos, mas as pessoas têm muita coisa em comum", explica Rosalina Villanueva, membro da equipe de gerenciamento de contas da WGSN nos países da América Latina. Veja o que ela diz sobre esse tipo de consumidor:

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