Apesar da crise financeira que a Companhia Energética de Minas Gerais vem enfrentando, a Cemig afirmou que a redução da tarifa de energia, anunciada pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) nesta terça-feira (23), não vai afetar o caixa da empresa, que precisa cobrir uma dívida de R$4,8 bilhões só este ano.
A queda na tarifa de energia já vale a partir do próximo domingo (28), mas a população deve sentir o impacto entre junho e julho, dependendo do dia da leitura. Cerca de 8,2 milhões de pessoas vão ser beneficiadas.
Para os consumidores de baixa tensão, como comércio e residências, a redução será de 5,82%. Já para as unidades ligadas na alta tensão, como indústrias, a queda nas tarifas será maior, de 21,04%. A queda média é de 10,66%.
Justificativas para redução
Quando a conta chega para o consumidor, ele paga pela compra de energia (custos de geração), pelo transporte (custos de transmissão) e pela entrega (custos de distribuição), além de encargos e tributos. A redução dessa vez se deu principalmente por causa do fim do pagamento dos custos com energia térmica durante o período de seca, segundo o presidente da Cemig, Bernardo Alvarenga.
Já quanto aos custos com transporte, houve um aumento médio de 5,72% e na distribuição um aumento de 0,33%, esclareceu Alvarenga. "A média de consumo mensal de uma residência no Estado é de 130 quilowatt-hora (kWh). Hoje um cliente com esse consumo paga cerca de R$105 reais. Após a redução, a mesma fatura ficarpa em aproximadamente R$99 reais", disse o presidente da Cemig.
esclareceu esse consumidor não paga a chamada CDE (Conta de Desenvolvimento Energético) desde janeiro deste ano, conforme determinação da Aneel. "Como eles não pagam este encargo e a redução maior foi nesse componente, eles não sentiram a queda porque já pagam tarifa mais baixa", justificou.
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