Referência no desenvolvimento de softwares de gestão, empresa mineira Siteware prepara ampliação

José Antônio Bicalho - Hoje em Dia
05/07/2015 às 08:46.
Atualizado em 17/11/2021 às 00:46

Quando fala do início da empresa, Marcello Ladeira, presidente da Siteware, ri ao lembrar que não entendia nada de gestão. Hoje, os softwares desenvolvidos pela empresa são referência em monitoramento de desempenho e utilizados por clientes como Vale, Votorantim Cimentos e Café Três Corações.

Esse início foi há 20 anos, quando um grupo de estudantes de Ciências da Computação da PUC-Minas desenvolveu um programa para controle das obras internacionais da Andrade Gutierrez. Estava lançada a semente dos programas atuais da Sitware, de controle de indicadores de desempenho, adaptáveis a qualquer empresa, independentemente do setor de atividade.

Em 2002, a Siteware levou o programa para a Internet, o que representou um marco de crescimento. E, hoje, um novo salto está sendo dado, com a adaptação dos softwares para rodarem no ambiente de nuvem.

“Até agora, nossos clientes se restringiam a grandes empresas. Agora vamos ganhar escala, com adaptações para as pequenas e médias empresas”, diz Ladeira.

O segredo dos softwares, diz, está na eficiência e na simplicidade. Seu uso é intuitivo, fácil para ser alimentado ou de parametrizar resultados. Eles seguem a metodologia de gestão pelos resultados desenvolvida pelo professor Vicente Falconi.

Na Vale, por exemplo, os programas da Siteware permitem o acompanhamento de mais de 100 mil indicadores de desempenho que vão desde detalhes de áreas específicas, como gasto de pneus de caminhões, por exemplo, até os resultados consolidados de desempenho operacional e financeiro.

Criatec

A Siteware é hoje uma das 15 empresas em funcionamento no parque tecnológico BH Tec, na região da Pampulha. Sua carteira de clientes não é grande (35 empresas), mas como são todos de grande porte, o número de usuários dos programas ultrapassa 40 mil pessoas.

Para dar o salto na nuvem, a empresa recebeu injeção de R$ 2,5 milhões por meio do fundo de inovação e empreendedorismo Criatec II, no primeiro semestre do ano. O dinheiro foi utilizado para financiar a adaptação dos programas ao novo ambiente e, principalmente, para o desenvolvimento das versões que serão oferecidas às pequenas e médias empresas.

Segundo Ladeira, a Siteware foi escolhida para integrar o Criatec porque se encaixava exatamente no perfil exigido pelo programa: perfil tecnológico, reprodutibilidade do produto final e perspectiva de grande crescimento a partir de investimento relativamente baixo.

O fundo é gerido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), com recursos ainda do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Banco de Brasília (BRB), Badesul Desenvolvimento e Bozano Investimentos. O fundo tem, hoje, um capital comprometido de R$ 186 milhões.

Com a abertura de novos mercados, a expectativa de Ladeira é a de que a empresa, dentro de três anos, esteja faturando seis vezes mais.

Um escritório foi inaugurado em São Paulo no primeiro semestre e a empresa tem projetos de expansão para os Estados Unidos.   A Lorenzetti, líder em chuveiros elétricos e aquecedores a gás, comprou a fábrica de louças Sanitex, de Poços de Caldas. Com o negócio, a Lorenzetti entra no segmento de louças sanitárias com o objetivo de se estabelecer entre as três maiores da categoria.     A Sanitex foi fundada em 1999 e produz bacias sanitárias, caixas acopladas, lavatórios, cubas, tanques e mictórios, em conformidade com as normas redução de consumo de água da ABNT. Todos os profissionais da empresa serão mantidos pela Lorenzetti.     O Alto Vera Cruz, uma das comunidades mais carentes de BH, receberá, dia 16 de julho, a palestra Empreendedorismo no Alto Vera Cruz. O evento, do Sebrae Minas, tem entrada gratuita e acontecerá no Centro de Referência de Assistência Social (Cras).

Empreendedorismo 2

O objetivo da ação é selecionar 60 empreendedores, em quatro comunidades, que participarão de um projeto de capacitação. Eles receberão acompanhamento do Sebrae Minas para redefinirem modelos de negócios e melhorarem a gestão.

Orgânicos

A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) assinou convênio com o Projeto Organics Brasil por mais dois anos. O desafio para o setor de orgânicos é ampliar a internacionalização e a exportação de produtos com valor agregado.

Orgânicos 2

O Projeto Organics Brasil completou recentemente dez anos, com 60 empresas associadas e desempenho de negócios de US$ 136 milhões em 2014. O projeto está voltado para os segmentos de cosméticos, têxteis, alimentos e bebidas orgânicas.

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