RIO DE JANEIRO - Suspeito de criar uma falsa Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) no morro da Covanca, na Praça Seca, zona oeste do Rio de Janeiro, o sargento Ronald César Força, do Batalhão de Choque, foi afastado das ruas e prestará serviços internos - informou nesta terça-feira (24) a Polícia Militar (PM).
A coordenadoria de inteligência da corporação investiga se a casa do policial, pintada de azul e branco (cores da PM) e com as inscrições da unidade pacificadora seria reduto de milicianos.
Segundo reportagem do jornal "O Dia", divulgada na segunda-feira (23), a casa, situada na rua Parintins, pertence à família do PM Ronald Força. A Folha de S.Paulo tentou localizar o policial, mas ele não foi encontrado.
O morro da Covanca é dominado pela milícia e, de acordo com a reportagem, a falsa UPP seria usada para reuniões e como depósito de armas dos milicianos.
A PM informou que a investigação da "UPP das Milícias" está sendo realizada pelo próprio Batalhão de Choque e corre sob sigilo. Um inquérito policial militar foi instaurado para investigar o caso e policiais civis da 28ª DP (Campinho) também apuram a denúncia.
No último final de semana, uma nova troca de tiros assustou moradores da região. Na sexta, o subtenente do Bope Marco Antônio Gripp, 47, morreu baleado em operação na favela.