Após protesto e reunião, Guarda Municipal segue nos postos de saúde em BH, mas solução é temporária
Decisão foi tomada em encontro entre PBH, sindicatos e Conselho de Saúde; Sind-Saúde ainda não se posicionou
Representantes da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), da Câmara Municipal, do Conselho Municipal de Saúde e de sindicatos de profissionais da área se reuniram na manhã desta quinta-feira (11) e alinharam a manutenção da Guarda Municipal nos centros de saúde e UPAs da capital enquanto é elaborado um plano de segurança para as unidades.
A permanência, porém, é temporária. O prefeito Álvaro Damião (União) já declarou que os agentes serão retirados até o fim deste ano. Em entrevista no fim de agosto, Damião afirmou que a maioria dos conflitos nos postos decorre de "situações de estresse" e não de violência, sugerindo que lideranças comunitárias poderiam substituir a Guarda dentro das unidades.
“Não é o guarda fardado lá dentro que vai resolver isso. Quando precisar da Guarda, ela estará lá em poucos minutos”, disse o prefeito, à época.
Enquanto isso, os profissionais de saúde mantêm pressão. Nesta quinta-feira (11), médicos da rede SUS-BH realizaram paralisação parcial em protesto contra os cortes no setor e a retirada dos agentes. O Sind-Saúde foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou.
Paralisação
Médicos da rede municipal de Belo Horizonte paralisaram os atendimentos eletivos por 12 horas nesta quinta-feira (11). A mobilização foi deliberada pelo Conselho Municipal de Saúde e teve apoio do Sindicato dos Médicos de Minas (Sinmed-MG) e do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de BH (Sindibel). Os profissionais protestaram contra demissões, falta de insumos e a retirada da Guarda Municipal dos postos, medida que, segundo eles, aumenta a insegurança nas unidades.
*Estagiária, sob supervisão de Paulo Duarte
Leia mais: