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SAÚDE E BEM-ESTAR

Chegada de frente fria traz riscos à saúde? Especialista explica

Frio intenso está associado a alta de doenças respiratórias, metabólicas e até neurológicas; Minas tem mais de 200 cidades em alerta

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 29/05/2025 às 17:32.Atualizado em 29/05/2025 às 17:33.

Uma forte frente fria começa a avançar sobre o território brasileiro. A Serra do Rio do Rastro, ponto turístico em Santa Catarina, foi interditada na manhã desta quinta-feira (29) por conta da grande quantidade de neve sobre a pista. Em Minas, mais de 200 cidades estão sob alerta laranja de perigo, depois que o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) avisou sobre queda brusca de temperatura, o que aumenta preocupação com os impactos na saúde, especialmente entre populações mais vulneráveis e em situação de rua. 

O frio intenso não apenas causa desconforto, mas está associado a um aumento significativo de doenças respiratórias, como gripes, resfriados, bronquites e pneumonias, além de agravar condições cardiovasculares. 

Marcelo Augusto Okamura, diretor de Growth Emergency do Grupo MED+, o corpo humano sofre alterações significativas diante de variações bruscas de temperatura, e o frio extremo exige atenção redobrada. “A exposição prolongada ao frio intenso compromete os mecanismos de termorregulação do organismo, podendo levar à hipotermia, que ocorre quando a temperatura corporal central cai abaixo de 35 °C”, ressalta o médico. 

Frio altera também o metabolismo celular

Segundo o especialista, o metabolismo celular sofre alterações. “Reduz a perfusão sanguínea periférica e pode comprometer funções neurológicas e cardíacas”, alerta Okamura, acrescentando que o ar frio e seco atua como fator irritativo para as vias aéreas, desencadeando ou agravando doenças respiratórias como asma, bronquite crônica e DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica). 

Em pacientes cardiopatas, ressalta o médico, o frio pode provocar vasoconstrição periférica, aumento da pressão arterial sistêmica e maior risco de eventos isquêmicos, como infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (AVC).

Prevenção é o melhor caminho

A queda nos termômetros traz outro problema: o uso inadequado de equipamentos de aquecimento para ambientes fechados. Fogareiros, lareiras e aquecedores sem ventilação adequada podem provocar intoxicação por monóxido de carbono, um gás inodoro e letal. A recomendação é utilizar cobertores, vestir-se em camadas, com o uso de luvas, meias e gorros, e manter os ambientes bem ventilados. 

“A baixa umidade do ar também favorece infecções respiratórias, sendo importante manter a hidratação constante, cuidar da alimentação e evitar aglomerações em locais fechados”, explica Okamura, lembrando que idosos devem receber atenção dobrada.

    

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