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Saúde

Cobertura do exame de mamografia cai em BH, aponta estudo da UFMG

Em 2012, a cobertura na capital mineira foi de 86,5% e sofreu uma queda expressiva ao longo da última década, atingindo apenas 70% das mulheres entre 2021 e 2022

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 16/10/2025 às 08:56.Atualizado em 16/10/2025 às 09:07.

Um estudo da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), publicado no BMC Women’s Health Journal, aponta queda na cobertura de realização do exame de mamografia em Belo Horizonte de 2007 a 2023. Em 2012, a cobertura na capital mineira foi de 86,5% e sofreu uma queda expressiva ao longo da última década, atingindo apenas 70% das mulheres entre 2021 e 2022 - o menor índice do período analisado. 

Em 2023, a cobertura subiu para 80,3%, mas ainda permanece abaixo dos níveis ideais. O estudo foi divulgado pela UFMG na terça-feira (14).

A pesquisa, coordenada pelas professoras Alanna Gomes da Silva e Deborah Carvalho Malta, analisou dados do Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), um inquérito telefônico que monitora anualmente a situação de saúde da população brasileira. O levantamento considerou mulheres de 50 a 69 anos, levando em conta escolaridade, idade, raça/cor da pele e região geográfica.

Os resultados da pesquisa mostraram uma estabilidade nas capitais do Brasil, para o total de mulheres: 71.1% fizeram o exame de mamografia em 2007 e 73.1% em 2023, mantendo o índice estável também para todas as variáveis analisadas.

Em outras capitais do Sudeste, a tendência da cobertura de mamografia se manteve estável no período analisado. No Rio de Janeiro, a cobertura do exame variou de 63,1% em 2007 para 66,6% em 2023. Em São Paulo, a cobertura foi de 74,3% em 2007 para 76,9% em 2023 . 

Vitória, no Espírito Santo, apresentou os maiores índices de cobertura mamográfica da região durante todo o período analisado, variando entre 85,4% (2007) e 90,7% (2016). Ainda assim, a análise estatística não demonstrou tendência de aumento, com a cobertura de 82,4% em 2023.

A professora Alanna pontua que, embora a estabilidade não represente necessariamente um retrocesso, ela evidencia que ainda há espaço para melhorar a busca ativa, reduzir desigualdades no acesso e alcançar mulheres que permanecem fora do rastreamento.

“Esse resultado indica que a proporção de mulheres que realizaram o exame apresentou redução média anual significativa, evidenciando um retrocesso nas ações de rastreamento mamográfico e apontando para a necessidade de intensificar as estratégias de promoção da saúde, educação e identificação precoce de casos na Atenção Primária à Saúde (APS), além de garantir o encaminhamento oportuno para a realização do exame”, destaca Alanna.

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