Com transmissão comunitária, casos da variante Ômicron aumentam mais de 330% em Minas

Da Redação*
horizontes@hojeemdia.com.br
04/01/2022 às 08:44.
Atualizado em 05/01/2022 às 11:43
 (Marcelo Seabra/Agência Pará/Divulgação)

(Marcelo Seabra/Agência Pará/Divulgação)

Os casos da variante Ômicron do coronavírus dispararam em Minas. Em apenas onze dias, as infecções por Covid-19 com a cepa aumentaram 330% – ou quatro vezes mais. Além da transmissão comunitária, médicos destacam que houve relaxamento nas medidas sanitárias por parte da população. Especialistas ainda alertam para a possibilidade de novos impactos nas próximas semanas, devido a descuidos durante viagens e festas de fim de ano.

Um balanço divulgado ontem pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) mostra que são 138 notificações. Em 23 de dezembro eram 32. Até o momento, 18 cidades têm registros da mutação. Praticamente metade (76) ocorreu em Belo Horizonte.

Apesar do avanço da variante, não há casos graves nem mortes no território mineiro, o que reforça a importância da vacinação. “Diante das investigações epidemiológicas realizadas até o momento, não houve necessidade de internação hospitalar, apenas com isolamento domiciliar, cumprindo os protocolos de saúde e sanitários”, informou a SES.

O infectologista Unaí Tupinambás, do Comitê de Enfrentamento à Covid em BH, destacou que a variante tem encontrado uma “população mais imunizada”. Por isso, a expectativa é de aumento de casos, mas com menos doentes graves. 

Dos 138 pacientes mineiros, 17 estavam imunizados. A situação vacinal dos outros 121 “está em investigação”, segundo a secretaria de saúde. Nesse grupo, há pacientes de 3 a 68 anos. A maioria é formada por mulheres.

Alerta

Em recente entrevista ao Hoje em Dia, o médico Estevão Urbano, também do grupo de infectologistas que atua na capital, há possibilidade de se iniciar uma nova onda do coronavírus. “Teremos alguma repercussão na próxima semana por causa do Natal. Quanto mais tempo for passando, mais claro vai ficar o cenário. Acho que podemos avaliá-lo por volta de 15 de janeiro”, afirmou o infectologista.

* Com informações de Luiz Augusto Barros e Marina Proton

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