Exercício físico reduz recidiva do câncer de intestino, aponta estudo
Pesquisadores comprovam que programa estruturado de atividade física após quimioterapia melhora sobrevida e diminui chances de recidiva do tumor

Um dos estudos mais comentados do maior congresso de oncologia do mundo (ASCO 2025), trouxe uma excelente notícia para quem já enfrentou o câncer colorretal: manter uma rotina regular de atividade física pode reduzir significativamente as chances da doença voltar.
A pesquisa "Structured Exercise after Adjuvant Chemotherapy for Colon Cancer", publicada no primeiro dia de junho no New England Journal of Medicine, mostrou que pacientes com câncer colorretal em estágio III de alto risco, que seguiram um programa estruturado de exercícios por três anos após o término da quimioterapia, tiveram melhores taxas de sobrevida e menos recidivas em comparação com aqueles que receberam apenas orientações gerais de saúde.
Dados câncer colorretal:
Após cinco anos, a taxa de sobrevida livre de doença foi de 80,3% no grupo que se exercitou, contra 73,9% no grupo controle. Já a sobrevida global em oito anos foi de 90,3% versus 83,2%, respectivamente. A redução do risco de morte foi de 37%, e o risco de recidiva ou desenvolvimento de um novo câncer caiu 28% no grupo que seguiu o plano de exercícios.
Um dos estudos mais comentados da ASCO 2025, maior congresso de oncologia do mundo, trouxe uma boa notícia para quem já enfrentou o câncer colorretal: manter uma rotina regular de atividade física pode reduzir significativamente as chances da doença voltar.
A pesquisa “Structured Exercise after Adjuvant Chemotherapy for Colon Cancer”, publicada neste domingo (1) no New England Journal of Medicine, mostrou que pacientes com câncer colorretal em estágio III de alto risco, que seguiram um programa estruturado de exercícios por três anos após o término da quimioterapia, tiveram melhores taxas de sobrevida e menos recidivas em comparação com aqueles que receberam apenas orientações gerais de saúde.
“É um marco. Ver um estudo de fase 3 publicado em uma revista de renome internacional ganhar destaque com um tema como esse reforça a importância de irmos além das intervenções medicamentosas”, afirma Aline Chaves Andrade, oncologista do Cancer Center Oncoclínicas Belo Horizonte.
O que o estudo mostrou
A pesquisa acompanhou 889 pacientes ao longo de quase 8 anos. Os participantes foram divididos em dois grupos: um que participou de um programa supervisionado de exercícios e outro que recebeu apenas materiais educativos. Após cinco anos, a taxa de sobrevida livre de doença foi de 80,3% no grupo que se exercitou, contra 73,9% no grupo controle. Já a sobrevida global em oito anos foi de 90,3% versus 83,2%, respectivamente.
A redução do risco de morte foi de 37%, e o risco de recidiva ou desenvolvimento de um novo câncer caiu 28% no grupo que seguiu o plano de exercícios. A prática incluía, principalmente, caminhadas rápidas, e o objetivo era alcançar cerca de 150 minutos semanais de exercício moderado — equivalente a 45 a 60 minutos de caminhada intensa, três a quatro vezes por semana.
Estilo de vida
Segundo Aline, o estudo reforça o que há muito se observa na prática clínica, mas agora com respaldo robusto: o estilo de vida saudável deve fazer parte do plano terapêutico dos pacientes oncológicos.
“Durante muito tempo, o foco esteve apenas nos medicamentos. Agora, a ciência mostra que, após o tratamento, a responsabilidade é compartilhada: cabe à medicina oferecer os melhores protocolos, mas também cabe ao paciente se envolver ativamente no cuidado com o corpo e a saúde”, defende.
Além do exercício físico, outros temas como alimentação e controle da síndrome metabólica também ganharam espaço na programação científica da ASCO, reforçando a importância de abordagens integradas no combate ao câncer.
“Esse é o momento de repensar os hábitos. Exercício não é mais só um conselho de bem-estar. É parte ativa da estratégia para evitar que o tumor volte. Precisamos levar essas evidências para o consultório, com o mesmo peso que damos às opções terapêuticas. O cuidado com o paciente continua depois da última dose de quimioterapia”, conclui.
Sobre a Oncoclínicas&Co
Oncoclínicas&Co é o maior grupo dedicado ao tratamento do câncer na América Latina, com um modelo hiperespecializado e inovador voltado para a jornada oncológica. Com um corpo clínico formado por mais de 2.900 médicos especialistas em oncologia, a companhia está presente em 40 cidades brasileiras, somando mais de 140 unidades. Com foco em pesquisa, tecnologia e inovação, o grupo realizou nos últimos 12 meses cerca de 682 mil tratamentos. A Oncoclínicas segue padrões internacionais de excelência, integrando clínicas ambulatoriais a cancer centers de alta complexidade, potencializando o tratamento com medicina de precisão e genômica. Parceira exclusiva no Brasil do Dana-Farber Cancer Institute, afiliado à Harvard Medical School, adquiriu a Boston Lighthouse Innovation (EUA) e possui participação na MedSir (Espanha). Integra ainda o índice IDIVERSA da B3, reforçando seu compromisso com a diversidade. Com o objetivo de ampliar sua missão global de vencer o câncer, a Oncoclínicas chegou à Arábia Saudita por meio de uma joint venture com o Grupo Al Faisaliah, levando sua expertise oncológica para um novo continente. Saiba mais em: www.oncoclinicas.com.