
Uma assistente virtual que conversa pelo WhatsApp promete transformar o acesso de brasileiros a tratamentos médicos experimentais. Batizada de LiA, a tecnologia desenvolvida por duas empresas nacionais garante aliviar um dos maiores gargalos das pesquisas clínicas: o recrutamento de pacientes para a fase de testes.
A plataforma já conectou mais de 500 pacientes a estudos clínicos, e chega em momento crucial para o Brasil, que celebra o Dia Internacional da Pesquisa Clínica nesta terça-feira (20) com o desafio de saltar da 20ª para a 10ª posição no ranking mundial de pesquisas clínicas.
Nos últimos anos, cresceu o número de estudos anuais realizados no país, de 300 para mais de 500, segundo a Associação Brasileira de Organizações Representativas de Pesquisa Clínica (ABRACRO). "Com uma linguagem humanizada, a LiA acolhe os pacientes e os ajuda a encontrar informações sobre estudos clínicos e novos tratamentos", explica Alexander Barros, CEO da Chatvolt, empresa que desenvolveu o agente de inteligência artificial usado pela healthtech LifeTime, criadora da plataforma.
Como funciona a plataforma LiA?
SEgundo os criadores, a inovação funciona de maneira simples: pacientes iniciam uma conversa com a LiA pelo WhatsApp, informam seu diagnóstico e recebem orientações sobre pesquisas clínicas disponíveis para sua condição. A IA se conecta à base de dados da LifeTime, que mantém informações atualizadas sobre estudos em andamento no país.
A pesquisa clínica é fundamental para o desenvolvimento de novos medicamentos e terapias, mas muitos pacientes desconhecem essa possibilidade de tratamento ou enfrentam dificuldades para encontrar estudos adequados ao seu caso. "Nossa tecnologia elimina essa barreira de informação e tempo, já que a LiA atende 24/7 e em vários canais diferentes", comenta André Silveira Andrade, cofundador da LifeTime.
Incubada nos hubs InovaHC e InovaUSCS, a healthtech já recrutou voluntários para dezenas de estudos diferentes, abrangendo condições como câncer, doenças hematológicas e distúrbios do sono. "A inovação é um dos principais benefícios das pesquisas. Com ela, conseguimos acelerar o processo de desenvolvimento de novas terapias e medicamentos", acrescenta Juliana Mauri, CEO e cofundadora da LifeTime.
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