Saúde

Julho amarelo reforça importância da vacinação contra hepatites

Relatório da OMS aponta que a cada dia, 3,5 mil pessoas morrem no mundo devido a complicações causadas pela doença

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 24/07/2025 às 20:32.
 (Reprodução / Hospital Israelita Albert Einstein)
(Reprodução / Hospital Israelita Albert Einstein)

O Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais é lembrado na próxima segunda-feira (28), em maio à campanha Julho Amarelo, de conscientização sobre a doença, que ataca o fígado e é classificada por letras do alfabeto, A, B, C, D (Delta) e E, com formas distintas de transmissão, sintomas e tratamento.

Segundo o Relatório Global sobre Hepatites 2024, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada dia, 3,5 mil pessoas morrem no mundo devido a complicações causadas pela doença. No Brasil, o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde apontou uma queda nas mortes por tipos B e C nos últimos dez anos, 50% e 60%, respectivamente. Resultados referentes ao tipo B são impactados diretamente pela cobertura vacinal.

Do ponto de vista clínico, as hepatites podem ser assintomáticas e passar despercebidas ou apresentar sintomas gerais, como mal-estar, náuseas, cansaço físico e perda de apetite. Nos quadros mais comuns, o paciente pode apresentar fezes esbranquiçadas, urina escurecida e coloração amarelada (icterícia) da pele e dos olhos.

A transmissão das hepatites A e E é fecal-oral, sendo que o vírus A é contraído pela ingestão de água e alimentos contaminados ou transmitido de uma pessoa infectada para outra, em decorrência da falta de cuidados básicos de higiene, uma vez que o vírus é excretado pelas fezes das pessoas doentes.
 
Já os vírus B e C são adquiridos pela via parenteral, ou seja, pelo contato com secreções e sangue de indivíduos contaminados, como no caso de compartilhamento de seringas entre usuários de drogas injetáveis, instrumentos pérfuro-cortantes contaminados, como agulhas e seringas, instrumentos cirúrgicos e objetos de manicure ou transfusão de sangue contaminado. No caso da hepatite B, a principal forma de contaminação é pelo contato sexual, sendo ela considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível (IST).

“A recomendação é agir de forma preventiva, conhecendo as formas de transmissão dessas doenças e por meio da aplicação de vacinas que estão disponíveis para as hepatites A e B”, destaca Melissa Valentini, infectologista do Hermes Pardini.

O coro para a importância da imunização é reforçado por outros especialistas. “Mesmo com as vacinas sendo seguras e disponíveis há muitos anos, temos observado uma diminuição na procura pela imunização, o que preocupa, especialmente com doenças silenciosas como essa”, afirma Isabel Dias, gerente técnica farmacêutica da Araujo, drogaria que conta com profissionais capazes de orientar a população sobre as doses necessárias para cada público.

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