
O número de pessoas com a segunda dose contra a Covid-19 em atraso não para de crescer em Minas. Os faltosos já somam 2,2 milhões. O cenário preocupante chega justamente em meio à oferta de imunizantes e flexibilizações nas cidades. Até o momento, mais de 55 mil mineiros perderam a vida após contrair o vírus.
Mais da metade das pessoas (1,2 milhão) está sem a conclusão do esquema vacinal da AstraZeneca. Há ainda quase 500 mil que passaram do prazo para tomar a CoronaVac e 469 mil da Pfizer, conforme dados da Secretaria de Saúde (SES-MG). O Estado reforçou o alerta para que os municípios façam busca ativa dos moradores com pendências.
No início de outubro, Minas tinha 1,8 milhão de pessoas com a segunda dose atrasada. Em contrapartida, 8,8 milhões receberam o reforço, o que representa 51% da população acima de 12 anos. Quem pode, mas não está nesse grupo, deve procurar um posto de saúde urgente.
A segunda dose é fundamental, o esquema só se conclui com ela. A primeira vai servir para estimular inicialmente o sistema imunológico. Mas isso só se consolida com a segunda dose, quando o corpo entede como combater o vírus.
Alexandre Sampaio Moura - Infectologista da Santa Casa de BH
“O esquema incompleto reduz a capacidade de proteger o indivíduo. Diante da circulação de uma cepa, como a Delta que já tem algumas modificações das quais a vacina se torna um pouco menos efetiva, tendo uma capacidade de transmissão maior. A gente precisa de níveis muito altos de anticorpos. E isso só será atingido com o esquema completo”, considerou o infectologista da Santa Casa de BH, Alexandre Sampaio Moura.
O especialista chamou a atenção para as novas flexibilizações realizadas. “A vida está voltando ao normal, claro que com precauções e uso de máscara. Mas as pessoas estão voltando a circular.
Calendário
Hoje, idosos de 70 a 72 anos que moram em Belo Horizonte podem receber a terceira dose contra o coronavírus. Trabalhadores da Saúde com mais de 50 anos também podem receber o reforço amanhã na capital.
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