Pandemia

Ômicron gera menos hospitalizações? OMS tira dúvidas sobre a nova cepa da Covid-19

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
10/02/2022 às 19:27.
Atualizado em 10/02/2022 às 19:32

Em todo o mundo, 90 milhões de casos de Covid-19 foram registrados entre dezembro de 2021 e 3 de fevereiro. Segundo o diretor-geral da Organização Mundial de Saúde (OMS), Tedros Gebreyesus, esse número é superior ao total de infecções de 2020.

Como a maioria dos novos registros de Covid diz respeito à variante Ômicron, reconhecida como preocupante pela OMS em novembro de 2021, o órgão das Nações Unidas aproveita para esclarecer algumas dúvidas que estão circulando nas redes sociais sobre a cepa do coronavírus.

Todos os casos de Ômicron são leves
Falso
. De acordo com a OMS, a Ômicron parece ser menos grave que a variante Delta, mas não deve ser considerada leve. Como a maioria dos estudos estão sendo feitos em países com altas taxas de vacinação, a entidade afirma que ainda é cedo para prever o impacto da variante nos países com baixo índice de imunização e nos grupos mais vulneráveis.

Com Ômicron menos grave, teremos menos hospitalizações
Falso
. A Ômicron representa um alto risco para os sistemas de saúde, alerta a OMS. Como a transmissão é maior do que a da variante Delta, ainda que os sintomas sejam mais leves e demandem menos ocupação de leitos hospitalares, a grande quantidade de infectados pode levar a muitas internações. Isso gera preocupação para os sistemas de saúde, especialmente públicos.

A Ômicron é semelhante a um resfriado comum
Falso
. Ômicron é muito mais perigosa do que um resfriado comum, ressalta a OMS. A variante aumenta as chances de hospitalização e risco de morte dos infectados, alerta o órgão da ONU. Além disso, pacientes que tiveram Ômicron e se curaram podem desenvolver sintomas prolongados (Covid longa).

A sublinhagem BA.2, da Ômicron, não pode ser detectada
Falso
. Todos os subtipos da Ômicron podem ser detectados, explica a OMS. São quatro sublinhagens. A BA.1 é a original e responsável pela última onda de casos de Covid-19, mas a BA.2 vem aumentando em muitos países, como Índia, África do Sul, Reino Unido e Dinamarca. Ela se diferencia da BA.1 por possuir a proteína Spike, usada pelo coronavírus para infectar as células, por isso pode ser confundida com o vírus da Covid em exames laboratoriais mais simples, segundo a OMS.

Vacinas não funcionam contra a Ômicron
Falso
. As vacinas oferecem a melhor proteção disponível contra a Ômicron, afirma o órgão da ONU. Os imunizantes ajudam a reduzir os sintomas mais graves da Covid-19 em infectados pela nova cepa, assim como fazem com as outras variantes. Até agora, graças aos índices de imunização, foram registradas menos hospitalizações e mortes.

As pessoas não vacinadas não ficarão gravemente doentes se pegarem a Ômicron
Falso
. Pessoas não vacinadas correm mais risco de contrair a Ômicron e de serem hospitalizadas, como vem ocorrendo em países onde ela se tornou a variante dominante. Se não forem tomadas medidas para interromper a transmissão, a nova cepa seguirá se espalhando em alta velocidade e pode afetar mais os não imunizados, alerta a OMS. A meta da ONU é vacinar 70% da população mundial até meados de 2022.

Se alguém já pegou Covid-19 terá imunidade contra Ômicron
Falso
. Como mostra a OMS, a Ômicron pode reinfecctar pessoas que já tiveram Covid-19. A OMS recomenda que mesmo quem já teve Covid-19 se vacine. Isso porque a reinfecção com a Ômicron é possível e, sem a imunização, há chances de desenvolver casos graves, transmitir o vírus para outras pessoas ou ter sintomas de Covid longa.

Doses de reforço não são eficazes na prevenção de infecções graves como a Ômicron
Falso
. As doses de reforço contra Covid-19 são eficazes para aumentar a proteção imunológica, que diminui com o tempo, como ocorre com a vacina da gripe, esclarece a OMS. Os reforços são especialmente importantes para grupos de risco, como idosos ou pessoas com comorbidades.

As máscaras são inúteis contra a Ômicron
Falso
. O uso de máscaras é uma medida de proteção eficaz e evidências comprovam que as medidas preventivas funcionam contra a variante Delta e também contra a Ômicron,diz o órgão da ONU. A nova cepa se espalha com tanta facilidade que, além da vacinação, medidas como máscara e distanciamento físico são essenciais.

Como a Ômicron é menos severa, estaríamos nos aproximando do fim da pandemia
Falso
. Não é possível prever o fim da pandemia. Segundo a OMS, é importante reconhecer que ainda temos um longo caminho a percorrer para acabar com a pandemia de Covid-19. A entidade acredita que as chances de surgirem novas variantes são muito altas. Por isso, é fundamental cumprir a meta de vacinar 70% da população mundial.

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