Comportamento

Pais devem restringir uso de dispositivos eletrônicos pelas crianças, sugere especialista

Da Redação*
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Publicado em 08/04/2023 às 15:27.

Como vivemos na chamada Era Digital, é normal que estejamos expostos a dispositivos eletrônicos quase 24 horas por dia. Não apenas adultos: muitas crianças passam horas em frente às telas, especialmente a do celular. Mas o excesso de uso pelos pequenos pode trazer danos, segundo especialista.

A pediatra Evelyn Eisenstein, que coordena o Grupo de Trabalho de Saúde na Era Digital, da Sociedade Brasileira de Pediatria, garante que expor a criança às telas não é brincadeira. A médica alerta que ao usar o celular, os menores de idade podem acessar conteúdos inadequados, como pornografia, e estar expostos a pedófilos. Ela entende que em alguns momentos as famílias se valem da tecnologia para “entreter” as crianças, mas isso não deve ser regra.

“Se a mãe estiver ocupada, coloque um pedaço de papel, crayon (giz de cera), um jogo de montar, um jogo de brincar… Alguma outra coisa que não o telefone celular”, sugere a especialista.

A médica destaca que o convívio com a família é a melhor estratégia para reduzir o tempo de tela, tanto das crianças quanto dos adultos. Ela recomenda de duas a três horas de atividades livres, como correr, brincar e fazer exercício, além do tempo dedicado ao estudo, deveres de casa e contato com amigos e família.

Segundo Evelyn Eisenstein, os danos do excesso de uso de telas vão desde aumento dos índices de obesidade a problemas comportamentais. “Existe, realmente, danos comportamentais, sociais, queda, inclusive, do rendimento escolar, como nós vimos durante a pandemia”.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o tempo de tela recomendado para crianças abaixo de 2 anos é zero. De 2 a 5 anos de idade podem se expor a celular ou tablet uma hora por dia. Para crianças de 6 a 10 anos, o tempo aumenta para duas horas diárias e, para os maiores, a orientação é de até três horas por dia. Todo esse tempo deve ser acompanhado por um adulto. 

A entidade médica orienta, ainda, que se evite uso de dispositivos eletrônicos durante as refeições e perto da hora de dormir.

(*) Com Radioagência Nacional.

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