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SAÚDE

Pele ressecada? Hidrate em até 3 minutos após o banho, ensina médica

Dica sela a umidade no corpo e é uma das muitas a aliviar os efeitos desta época do ano, marcada por baixas temperaturas e umidade do ar típica de deserto; situação é ainda pior para os idosos

Do HOJE EM DIA
portal@hojeemdia.com.br
Publicado em 04/08/2025 às 06:00.

As temperaturas mais baixas e a umidade relativa do ar em queda trazem riscos à pele, sobretudo da população idosa. Mais fino, seco e sensível com o avançar da idade, o maior órgão do corpo humano exige cuidados específicos para evitar problemas que vão muito além da estética. 

A geriatra Bárbara Correa explica que o envelhecimento provoca alterações estruturais significativas na pele. “A pele do idoso perde gordura, elasticidade e a capacidade de reter água. Isso a torna mais vulnerável a lesões, infecções e inflamações”, explica a médica, cooperada da Unimed-BH. 

Segundo a especialista, o ressecamento, chamado de xerose senil, é agravado pela menor produção de óleos naturais e pela redução das terminações nervosas e glândulas sudoríparas. 

A geriatra alerta que a pele envelhecida cicatriza mais lentamente e se torna mais permeável a agentes externos, aumentando o risco de complicações, especialmente em idosos com comorbidades. 

“Condições como diabetes podem levar a pele seca, infecções e dificuldades na cicatrização de feridas, que podem se tornar lesões crônicas. Problemas circulatórios, como a insuficiência venosa, podem causar inchaço, fragilidade da pele e lesões nas pernas. Doenças como a esclerodermia (reumatológica) podem endurecer e espessá-la. No caso da doença de Parkinson, é comum observar dermatite seborreica (oleosidade e descamação). Além disso, deficiências nutricionais afetam a hidratação e a capacidade de cicatrização”, detalha. 

A dermatologista Paula Salomão, também da Unimed-BH, afirma que a pele do idoso é naturalmente mais frágil devido à queda na produção de colágeno na derma - a camada média da pele - e ao afinamento da epiderme. 

“O resultado é um aumento expressivo de queixas como coceiras e inflamações na pele (eczema e dermatites), especialmente em pacientes que tomam banhos muito quentes e prolongados, que apesar de ser um hábito comum é muito prejudicial”, afirma. 

Os cuidados com a fotoproteção, mesmo no inverno, é outro ponto de atenção para a pele madura. “A radiação ultravioleta tem efeito cumulativo e a exposição ao longo da vida aumenta o risco de câncer de pele. O uso de protetor solar deve ser mantido, especialmente em áreas expostas como rosto e mãos”, completa. 

Bárbara Correa chama atenção, ainda, para a baixa ingestão de água, muito comum nessa faixa etária - o que, durante o inverno, agrava ainda mais o ressecamento, favorecendo rachaduras, coceiras e fissuras. 

“Se o idoso não gostar tanto de água, ofereça um chá ou uma limonada mais diluída. Algo que agrade mais o paladar e ajude na hidratação”, completa a dermatologista Paula Salomão. 

Para proteger a pele madura durante o inverno, as especialistas recomendam cuidados redobrados com hidratação: 

· Banhos curtos e mornos: limitar o tempo a 5-10 minutos e evitar água quente, que remove a gordura natural da pele. 

· Uso de sabonetes suaves: preferencialmente com pH neutro e apenas nas áreas necessárias. 

· Hidratação imediata pós-banho: aplicar cremes hidratantes ricos em ceramidas nos primeiros três minutos após o banho, para selar a umidade. 

· Ingestão adequada de líquidos: mesmo sem sede, é essencial consumir água. Chás e sucos diluídos são boas alternativas. 

· Ambientes úmidos e aquecidos com moderação: o uso de umidificadores ajuda a manter a umidade do ar, reduzindo a perda transepidérmica de água. 

· Roupas adequadas: tecidos que protejam do frio e do vento, sem causar atrito excessivo na pele. 

· Atividade física moderada: além de melhorar a circulação, ajuda a manter a hidratação sistêmica e a integridade da barreira epidérmica. 

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