FRENTE FRIA

Riscos em alta: como o clima impacta a saúde dos pets?

Queda na temperatura favorece doenças respiratórias, dores articulares e queda de imunidade em cães e gatos

Do HOJE EM DIA
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Publicado em 29/05/2025 às 17:46.
Manter o ambiente aquecido e disponibilizar caminhas e cobertores ajuda a manter o conforto térmico dos pets (Edjane Madza/divulgação Marketech comunicação)
Manter o ambiente aquecido e disponibilizar caminhas e cobertores ajuda a manter o conforto térmico dos pets (Edjane Madza/divulgação Marketech comunicação)

Com a previsão de queda acentuada na temperatura nos próximos dias, devido à chegada de uma frente fria que afeta também o clima na região Sudeste, animais de estimação precisam de mais cuidado. Menos dispostos a sair da cama e mais sensíveis a dores e infecções nos dias mais frios, cães e gatos sentem o impacto na imunidade e no comportamento.

“Assim como os humanos, os animais também sentem os efeitos do frio, especialmente os filhotes, os idosos e aqueles que já possuem predisposição genética ou doenças crônicas", explica a médica-veterinária e consultora técnica da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, Farah de Andrade.

Segundo ela, o frio provoca rigidez muscular e vasoconstrição (redução do calibre dos vasos sanguíneos) no organismo dos animais, aumentando a densidade e o acúmulo de líquido nas articulações e reduzindo a circulação de oxigênio pelos tecidos, provocando dores. O sistema imunológico fica mais vulnerável e o risco de infecções respiratórias aumenta.

"Por isso, o outono é o momento ideal para adotar medidas preventivas e garantir uma transição segura para o inverno”, diz a veterinária.

Dores articulares aumentam com o frio

Um dos efeitos mais frequentes do clima frio é o agravamento de dores articulares em cães e gatos. Animais com displasia coxofemoral, artrose, luxação de patela ou outras alterações ortopédicas sofrem com o enrijecimento muscular e a piora da mobilidade em temperaturas mais baixas.

“Muitos tutores observam que o animal demora mais para levantar, evita subir escadas ou demonstra relutância para caminhar. Esses são sinais clássicos de dor articular, que podem ser intensificados com o frio”, alerta a veterinária.

Nessas situações, o controle da dor deve ser orientado pelo médico-veterinário. Anti-inflamatórios, analgésicos, condroprotetores e relaxantes musculares podem ser formulados em apresentações adaptadas a cada animal — desde cápsulas palatáveis e biscoitos até xaropes, caldas e molhos — favorecendo a adesão ao tratamento e a resposta clínica.

Hora de reforçar a defesa natural do organismo

As temperaturas mais baixas também afetam a imunidade dos pets, que ficam mais suscetíveis a doenças respiratórias. Entre as doenças mais recorrentes estão a traqueobronquite infecciosa canina – popularmente conhecida como gripe canina – e a rinotraqueíte felina, que provoca espirros, secreção nasal, conjuntivite e falta de apetite nos gatos.

“Essas enfermidades são altamente contagiosas e podem evoluir com complicações sérias, principalmente em animais não vacinados ou imunossuprimidos. Por isso, além de manter a vacinação em dia, é fundamental fortalecer a resposta imunológica com nutracêuticos manipulados sob medida para cada paciente, como própolis, beta-glucana, glutamina, zinco, vitamina C e vitamina E, que atuam diretamente na imunidade”, destaca Farah.

Menos disposição para brincar e se exercitar

Com o frio, a rotina de exercícios e estímulos também costuma ser reduzida. Muitos cães evitam sair para passear e ficam mais sedentários, o que pode resultar em ganho de peso, aumento da ansiedade e piora de quadros articulares. Os gatos, por sua vez, tendem a dormir mais e se movimentar menos, o que exige atenção redobrada do tutor para evitar a obesidade e o tédio.

A recomendação é adaptar as brincadeiras para dentro de casa, estimulando o pet com brinquedos interativos, túneis, bolinhas recheadas com petiscos e circuitos improvisados. Além disso, manter o ambiente aquecido com caminhas elevadas, cobertores e roupas apropriadas para cães de pelagem curta pode ajudar a manter o conforto térmico e a disposição para o movimento.

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