
Um tênis que está sendo estudado na UFMG tem potencial para proteger os pés de crianças com epidermólise bolhosa (EB), doença que provoca a formação de bolhas na pele após mínimos atritos. O calçado com solado emborrachado também pode ajudar as crianças com Síndrome de Down a caminhar corretamente.
O produto é desenvolvido pela Anamê, Instituto de Ciência e Tecnologia em Saúde Infantil, que já colocou no mercado uma versão que simula andar descalço na terra. Os trabalhos são feitos no Laboratório de Análise de Movimento (LAM), da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. As análises ainda são preliminares, mas já com publicações científicas nacionais e internacionais.
Os estudos atuais contam com a participação de 15 crianças com a epidermólise. Devido às lesões cutâneas, quem tem a enfermidade costuma ter dificuldade para ficar em pé e até para caminhar dedivo a dor constante, o que pode prejudicar o desenvolvimento motor geral da criança e contribuir para a atrofia muscular e óssea dos pés e pernas.
Além de prometer mais conforto, o tênis visa a ajudar no desenvolvimento correto da musculatura e a evitar pisadas tortas. “A curto prazo, a criança vai ficar mais equilibrada e segura com o sapato. A médio prazo, terá um pé mais bem formado. E a longo prazo, vai prevenir dores no quadril, joelho e calcanhar”, diz a pesquisadora Ana Paula Lage.
Pesquisa é feita em laboratório da Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional. Quinze crianças com epidermólise bolhosa participam dos estudos. Resultados devem ser apresentados até dezembro deste ano
Já com relação às crianças com Down, a pesquisa tenta comprovar o potencial para uma caminhada menos instável. “Oferece maior estímulo muscular, equilíbrio e posicionamento natural dos pés das crianças”, explicou Ana Paula.
e ressalta que as primeiras pesquisas sobre os efeitos do Noeh pra crianças sem nenhuma patologia começaram em 2016 e existe publicações científicas com as comprovações.
Modelo atual
Pesquisas sobre os efeitos do Noeh para crianças sem nenhuma patologia começaram em 2016, com pubicações científicas e comprovações sobre a eficiência. O produto atual, com solado que “imita” pisar na terra, não sai por menos de R$ 200. Modelos gratuitos são oferecidos para crianças da Apae de BH e das instituições SOS EB Kids e CrisDown.
*Especial para o Hoje em Dia
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