Seca afeta quase um milhão de pessoas em Minas, aponta balanço

Da Redação
portal@hojeemdia.com.br
21/09/2017 às 16:19.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:40
 (Frederico Haikal - Arquivo Hoje em Dia - 27/10/2012)

(Frederico Haikal - Arquivo Hoje em Dia - 27/10/2012)

A estiagem causa reflexos em várias cidades de Minas Gerais. Já são 93 em emergência, o que significa dizer que são 937 mil pessoas atingidas pela seca no Estado. Os dados foram apresentados pelo presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinícius Polignano, durante uma audiência pública na Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (21). “A chuva não basta, uma vez que as nascentes, as áreas de recarga e áreas verdes estão se perdendo”, disse.

Polignano relatou que os recursos do Fundo de Recuperação, Proteção e Desenvolvimento Sustentável das Bacias Hidrográficas do Estado (Fhidro) estão sendo contingenciados, o que resulta em R$ 250 milhões a menos de investimento na gestão hídrica. “A situação é grave. Muitos comitês não têm sequer sede e pessoal. Precisamos fortalecer o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), uma vez que Minas Gerais não é mais a caixa d’água do Brasil”, disse.

Igam reconhece dificuldades, mas garante apoio aos comitês

A gerente de Apoio aos Comitês de Bacias Hidrográficas do Igam, Clarisse Dantas, entende que os comitês precisam ser fortalecidos para o enfrentamento da crise hídrica, mas reconhece que ainda existem entraves para o acesso aos recursos do Fhidro.

Segundo ela, entre 2010 e 2017, foram repassados R$ 141 milhões aos comitês e há um saldo de R$ 14 milhões para serem repassados ainda neste ano. “O objetivo é usar esses valores para viabilizar a estrutura básica dos comitês”, ressaltou.

Clarisse Dantas garantiu que o Estado arca com despesas de transporte, hospedagem e alimentação, o que permite que os comitês se reúnam. “Em 2017, foram custeados 27 conselheiros, num total de quase R$ 80 mil. Além disso, o custo por pessoa no Igam é de R$ 780 mil por ano. Há dificuldade em relação ao Fhidro, mas me surpreende a alegação de que falta de estrutura para os comitês”, completou.

Copasa

O diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Tomás, disse que a crise é ambiental, econômica e de gestão. Ele informou que a concessionária perde 40% da água captada em razão de ligações clandestinas e defendeu o diálogo como forma de superação da crise hídrica. “Para piorar, o volume de chuva está na metade da média histórica”, salientou.

* Fonte: ALMG

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