
Apoiador de Ciro Gomes (PDT), o prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), adotou um tom conciliador ao chegar para votar neste domingo (28), na escola Estadual Governador Milton Campos, o Estadual Central.
Sem revelar o voto, ele pediu respeito e tranquilidade aos belorizontinos. “Se eu posso fazer um apelo é que, independente do resultado, que a gente tenha paz hoje à noite”, afirmou o prefeito.
O prefeito disse ainda que vai cobrar verbas e políticas para a capital mineira independente de quem for eleito. Questionado sobre o motivo de não revelar o voto no segundo turno, Kalil defendeu o sigilo. “Eu acho que esse é um direito do cidadão. Eu, como prefeito de Belo Horizonte, não abro mão dos meus direitos pétreos de cidadão brasileiro”, opinou.
Em seguida, Kalil pediu que os brasileiros ajudem o próximo presidente, independente de quem for eleito. “Eu vou me comportar como cidadão e vou aceitar o resultado. Aqui a gente tem que parar com ‘todo mundo ganhou, todo mundo perdeu’. Daqui a um ano, a gente vai saber se todo mundo ganhou ou perdeu”, comentou.
“Não sou burro”, disse o prefeito de BH
No caminho até a seção, Kalil ouviu gritos de “Volta para o Galo” e “Em quem você vota, Kalil?”. Poucas pessoas o criticaram e muitas pediram fotos.
O momento mais inusitado aconteceu na hora de votar. O prefeito votou para governador e, após a urna indicar com um som que o voto havia sido computado, Kalil ficou parado de braços cruzados, olhando para a urna, alguns segundos depois, chamou o mesário, que o instruiu a terminar o voto. Em seguida, sorriu e disse ao público: “Não sou burro não viu, gente”.
Na saída, o prefeito explicou o que aconteceu. “A urna deu uma engarranchadinha. Eu votei pra governador e demorou para aparecer o presidente. Aí eu chamei o mesário pra ver, esperei um pouco, mas aí apareceu, votei, confirmei, fez o barulhinho, tudo certo”, contou.