A falta de dinheiro e infraestrutura para a campanha dos candidatos a vereador na coligação do petista Patrus Ananias motivaram a “rebelião” ensaiada pelas bancadas do PMDB e do PCdoB.

Na última semana os peemedebistas chegaram a elaborar uma carta ameaçando apoiar o candidato Marcio Lacerda (PSB). No último final de semana, a direção municipal do PCdoB orientou seus militantes a não participarem dos atos de campanha do petista.

O problema já teria sido levado até mesmo para a presidente Dilma Rousseff, na tentativa de solucionar o caso.

Diferenciado
Candidatos dos partidos que fazem parte da coligação majoritária de Patrus reclamam da falta de dinheiro para a campanha. No caso do PCdoB e do PMDB, eles questionam o tratamento diferenciado que os candidatos do PT estariam recebendo no processo.

Os petistas justificam que já houve ajuda do diretório nacional da legenda ao enviar o marqueteiro João Santana para realizar a campanha. A executiva nacional teria avisado que não dispõe de mais recursos.

A principal cobrança dos aliados é o pouco material que estariam recebendo para fazer a campanha casada com Patrus e fortalecer os próprios nomes. De acordo com candidatos de outras siglas, os petistas estariam recebendo mais material.

“Os candidatos do PT são beneficiados. Eles parecem que estão sozinhos e não possuem nenhum aliado. Por isso é que queremos igualdade no tratamento”, disse um vereador que pediu para não ser identificado.

Ajuda
Diante do impasse, a presidente Dilma Rousseff já entrou em contato com as lideranças dos partidos aliados para colocar “panos quentes” na disputa por recursos na capital.

Com discurso ensaiado, os presidentes estaduais do PCdoB e do PMDB, respectivamente, Jô Moraes e Antônio Andrade, minimizaram o caso e disseram a mesma coisa: “fazemos parte da aliança e queremos ajudar Patrus”.