O senador Aécio Neves (PSDB), por meio de nota, contestou todas as informações prestadas pelo ex-publicitário Marcos Valério, a quem chamou de “criminoso confesso”. Conforme a nota, assinada pelo advogado Alberto Zacharias Toron, os fatos não possuem conexão com a cronologia. Aécio argumenta que o contrato com o Banco do Brasil, por exemplo, foi firmado em 1994, durante a gestão do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB).
“No que se refere à alegação de suposto pagamento de percentual sobre contratos da DNA junto ao BB no governo FHC, o pretendente a delator renova acusação já feita, mas altera convenientemente os personagens da sua história. Conforme notícia veiculada em 12 de dezembro de 2012, pelo jornal O Estado de S.Paulo, Valério fez essa mesma alegação, mas atribuiu a aventada cobrança ao PT. A inverdade e a falta de credibilidade são gritantes”, sustenta o advogado.
Com relação aos contratos mantidos pelo governo de Minas com as agências DNA e SMP&B, “eles foram firmados antes que qualquer acusação contra Marcos Valério fosse conhecida e ocorreram após processo de licitação pública”, diz a defesa.
O advogado também classificou as declarações sobre caixa dois de “fantasiosas”. Toron ainda negou pagamento de despesas por Valério ao gabinete do governador e ao Servas.
Já a assessoria de imprensa de Fernando Henrique informou que ele está de férias não podendo comentar as revelações de Valério. A assessoria de Clésio Andrade declarou que ele é réu nesta ação e, por orientação de seus advogados, só falará sobre o assunto depois de prestar depoimento à Justiça.
A defesa de Cristiano Paz diz que não teve acesso aos anexos e por isso não poderia comentar o assunto.
Por meio de nota, a assessoria de imprensa do publicitário Paulo Vasconcelos negou qualquer participação no esquema. “Os próprios sócios citados e também condenados negam as afirmações do senhor Valério. Além disso, a Polícia Federal e o Ministério Público auditaram toda esta documentação quando das investigações do mensalão e nada foi encontrado”, diz o texto.
O deputado federal Marcus Pestana (PSDB) classificou as declarações de Valério como “um absurdo dito por uma pessoa condenada pela Justiça”. “Nunca tive contato com esta pessoa durante o período em que fui secretário da Saúde”, afirmou. Andrea Matarazzo, Custódio Mattos, Ramon Hollerbach e Oswaldo Borges da Costa não foram localizados.
Assessoria de imprensa da Usiminas informou que "não teve acesso ao documento citado e desconhece a veracidade dos fatos."
Pestana classificou as declarações de Valério como "um absurdo dito por uma pessoa condenada pela Justiça"
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