Suspeito diz que objetivo de empresário era castrar Daniel Correa

Da Redação
13/11/2018 às 15:55.
Atualizado em 28/10/2021 às 01:48
 (Rubens Chiri/São Paulo/Divulgação)

(Rubens Chiri/São Paulo/Divulgação)

Eduardo Henrique Silva, uma dos suspeitos presos pelo homicídio do jogador Daniel Correa Freitas, afirmou à Polícia Civil do Paraná que o empresário Edison Brittes Júnior saiu de casa no dia 27 de outubro com o objetivo de castrar a vítima. O suspeito de 20 anos estava no carro que levou o atleta até o matagal de São José dos Pinhais (PR), onde foi morto. 

Eduardo, que foi preso em Foz do Iguaçu e prestou depoimento nesta segunda (12), confirmou o envolvimento no crime, segundo a defesa. "Eles se associaram para fazer uma castração da vítima. Houve convite do Edison Brittes para que fossem juntos para segurar o Daniel para que esse pudesse fazer a castração", disse Edson Stadler, advogado de Silva. 

O advogado disse ainda que Eduardo e os outros dois suspeitos, que estavam no carro de Brittes, saíram do veículo no momento em que o empresário tirou Daniel do porta-malas. Eduardo, que é primo de Cristiana Brittes, afirmou à polícia que não teria acompanhado Edison se soubesse que a intenção do empresário era matar Daniel. 

Uma outra testemunha contou à polícia que Edison ordenou aos outros convidados da festa em sua casa que limpassem as manchas de sangue decorrentes do espancamento do atleta. 

Entenda o caso

Nascido em Juiz de Fora e criado em Conselheiro Lafaiete, Daniel Correa tinha contrato com o São Paulo até dezembro e estava emprestado ao São Bento de Sorocaba. Revelado pelo Cruzeiro, ele jogou ainda pelo Botafogo e Coritiba.

O corpo de Daniel foi encontrado em um matagal de São José dos Pinhais, Região Metroplitana de Curitiba, no dia 27 de outubro. O corpo tinha sinais de tortura - sua cabeça estava quase degolada e o pênis decepado. O empresário Edison Brittes Júnior confessou o crime e afirmou que foi movido por violenta emoção, ao flagrar o jogador de futebol tentando estuprar sua mulher, Cristiana. A Polícia Civil descarta a possibilidade de tentativa de estupro. 

Dentro de sua casa, Brittes teria espancado Daniel, com a ajuda de outros convidados de uma festa. Depois, o jogador foi colocado dentro do porta-malas de um carro e levado para o matagal. Além de Brittes, outros três jovens estavam no veículo: Eduardo Silva, Ygor King e David Willian da Silva.

Seis pessoas foram presas, até o momento, por participação no homicídio: Brittes Júnior, sua mulher, Cristiana, sua filha, Allana, e os três rapazes que teriam ajudado no espancamento e estiveram no carro de Brittes enquanto levava Daniel para o matagal. 

(Com Estadão Conteúdo

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