Tentativas de "roubo de identidade" crescem 5,14% no trimestre

Folhapress
11/05/2013 às 13:02.
Atualizado em 21/11/2021 às 03:35

SÃO PAULO - As tentativas de fraude na contratação de serviços e produtos com o uso de dados pessoais alheios, como CPF e RG, aumentaram 5,14% no primeiro trimestre de 2013 em comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para ocorrências no setor de telefonia. No período, 507.546 tentativas de fraude foram registradas, ante 482.756 nos três primeiros meses de 2012.

Os dados são do Indicador Serasa Experian de Tentativas de Fraudes, divulgado pela empresa de análise de crédito na segunda-feira.
Os golpistas usam dados pessoais de terceiros para obter crédito, adquirir serviços ou produtos e deixam a "conta" para a vítima. A prática é conhecida como roubo de identidade.

A maioria dos casos ocorreu no setor de serviços de telefonia, responsável por 39% das ocorrências no primeiro trimestre. O segmento já havia liderado os registros de tentativas de fraude no ano passado, somando 749.213 casos em 2012.

Em segundo lugar ficou o setor de serviços, que inclui seguradoras, construtoras, imobiliárias e serviços em geral, com 30% das tentativas de fraude. Os setores de bancos e financeiras (21%) e de varejo (8%) assumiram os terceiro e quarto lugares.

Segundo a Serasa Experian, uma tentativa de fraude por roubo de identidade ocorreu a cada 15,3 segundos no primeiro trimestre de 2013.

A empresa de análise de crédito calcula os dados por meio do cruzamento de informações sobre consultas mensais a CPFs e sobre estimativas de risco solicitadas por empresas de diferentes segmentos.

Internet

A popularização da internet e das mídias sociais é apontada como um fator impulsionador desse tipo de ação criminosa. É comum as pessoas fornecerem seus dados pessoais em cadastros na internet sem verificar a idoneidade e a segurança dos sites, segundo Ricardo Loureiro, presidente da Serasa Experian. "Se os falsários conseguem utilizar cartão de crédito, por que não utilizariam o CPF?"

Para que as pessoas não sejam vítimas de fraudes, especialistas recomendam parcimônia na hora de colocar informações na internet.
As empresas, porém, também têm responsabilidade, diz Selma do Amaral, diretora do Procon-SP.

"É obrigação das companhias verificar a veracidade das informações fornecidas na hora da venda".

Na maioria dos casos, o cidadão que teve o dado pessoal utilizado na fraude só tem conhecimento do problema quando recebe alguma cobrança pelo bem contratado ou quando tem crédito negado por inadimplência.

Como Evitar

- Para que o consumidor evite ser vítima de fraudes, a Serasa recomenda uma série de cuidados diários:

- Não fornecer dados pessoais para pessoas estranhas;

- Não fornecer ou confirmar informações pessoais ou número de documentos por telefone, tendo cuidado com promoções ou pesquisas;

- Não perder de vista documentos de identificação quando estes forem solicitados para protocolos de ingresso em determinados ambientes ou quaisquer negócios;

- Não informar números de documentos quando preencher cupons para participar de sorteios ou promoções de lojas;

- Não fazer cadastros em sites que não sejam de confiança, tendo cuidado com sites que anunciam ofertas de empregos ou promoções.

- Ficar atento às dicas de segurança da página como, por exemplo, a presença do cadeado de segurança;

- Ter cuidado com dados pessoais nas redes sociais que possam ajudar golpistas a se passar pelo consumidor - como signo, modelo de carro, time para o qual torce, nome do cachorro, etc;

- Manter atualizado o antivírus do computador, diminuindo os riscos de ter dados roubados por arquivos espiões

- No caso de roubo ou perda de documentos, a Serasa recomenda que o consumidor cadastre a ocorrência em seu site e faça, a seguir, um boletim de ocorrência. Desta forma, empresas que consultarem o CPF ou o RG da vítima saberão que o documento foi roubado e terão mais cuidado ao fechar um negócio.

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