Quando a Toyota finalmente apresentou a versão definitiva do GR Supra, algo estava fora de compasso. Alguma coisa incomodava no cupê japonês com alma de BMW Z4. Era a ausência do grande aerofólio, marca registrada de seu antecessor descontinuado em 2002.
Agora a marca japonesa deu sinais de que irá corrigir tal heresia. Ela acaba de apresentar a versão conceitual Top Sport, que resgata o apêndice aerodinâmico. E se não bastasse, esse estudo ainda conta com o teto removível, que faz dele um targa, como nas terceira e quarta gerações.
O estudo foi criado para o SEMA Show, feira de carros modificados de Las Vegas, que abriu suas portas na terça-feira (2).
“Estamos muito entusiasmados por finalmente ter a chance de mostrar essas duas construções incríveis do GR Supra no SEMA Show. A equipe fez um trabalho espetacular de customização e fabricação para homenagear Supras que vieram antes e, finalmente, vamos mostrá-los juntos para que os fãs do SEMA possam vê-los de perto e pessoalmente”, explica a vice-presidente do grupo - Toyota Division Marketing, Lisa Materazzo.
O conceito foi desenvolvido a partir do Supra convencional, com teto inteiriço. O trabalho de corte para transformar o cupê em targa ficou a cargo da oficina KC, em Fort Worth, Texas. “O aço foi um pouco mais difícil de cortar do que esperávamos. Começamos com uma serra a ar e não chegamos a lugar nenhum muito rápido”, recorda o proprietário da oficina, KC Matheu.
De fato, a estrutura do Supra é bastante rígida, principalmente no habitáculo, que forma a célula de sobrevivência. E quando se trata de carros esportivos, é preciso carregar “dureza”, pois são carros projetados para alta performance e não podem retorcer nas curvas. Mas a turma da KC deu conta do recado.
Sob o capô, o conceito Top Sport não passou por modificações. O Supra utiliza o mesmo motor BMW seis cilindros em linha 3.0 biturbo de 340 cv e 50 mkgf de torque. A unidade é automática de oito velocidades. O conjunto permite acelerar o esportivo de 1,5 tonelada de 0 a 100 km/h em 4,3 segundos.
Adereços
O Supra ganhou ainda novos para-choques, saias e difusores. Até mesmo as lanternas receberam luzes circulares, em referência ao Supra MkIV. Mas a cereja do bolo é o aerofólio, que definitivamente faz desse Supra um Supra.
Hoje podemos dizer que o acessório é meramente cosmético, uma vez que a engenharia evoluiu a ponto dessas asas se tornarem desnecessárias em esportivos de rua. Os difusores inferiores, assim como o desenho da carroceria, garantem ao japonês comportamento dinâmica que dispensa a necessidade de uma imensa asa pendurada na traseira. Mas sejamos francos, um Supra sem aerofólio é um como um bolo sem cereja.
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