Trabalhador tem braço amputado em máquina da Usiminas, o terceiro acidente em seis dias

Janio Fonseca
jfonseca@hojeemdia.com.br
Publicado em 13/08/2018 às 20:02.Atualizado em 10/11/2021 às 01:54.
 (Divulgação/Usiminas)
(Divulgação/Usiminas)

A Usiminas de Ipatinga, no Vale do Aço, registrou o terceiro acidente em menos de uma semana. No fim da manhã desta segunda-feira (13), um prestador de serviço da usina siderúrgica sofreu um acidente de trabalho na correia transportadora da sinterização (processo de aquecimento a uma temperatura suficiente para fundir o metal ligante). O trabalhador, de 36 anos, que ficou com o braço direito preso na máquina, é funcionário da empresa terceirizada Inner Soluções em Automação.

O homem foi socorrido pela equipe de socorristas da própria empresa e levado para o Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o paciente foi submetido a uma cirurgia para a amputação do braço. O quadro de saúde do trabalhador é estável e não tem previsão de alta hospitalar.

Em nota, a Usiminas lamentou o acidente de trabalho na sinterização da usina de Ipatinga e informou que o funcionário terceirizado é eletricista da empresa Inner e “realizava atividade de manutenção programada no local quando se acidentou. A empresa ressalta que a sinterização não tem ligação com as áreas das ocorrências anteriores e que já está apurando as circunstâncias do acidente.”.

Os trabalhos na siderúrgica foram retomados parcialmente nesta segunda-feira (13). A operação na usina ficou totalmente paralisada após a explosão de um gasômetro da empresa, na última sexta-feira (10). No acidente, 34 pessoas ficaram feridas.

Na última quarta-feira (8), um outro trabalhador terceirizado, de 38 anos, morreu quando trabalhava na manutenção de um dos equipamentos da aciaria, onde o ferro-gusa é convertido em aço.

A Usiminas informou que as causas dos três acidentes são investigadas pela empresa.

O Hoje em Dia entrou em contato com a Inner Soluções em Automação para saber qual a postura da empresa em relação ao acidente, mas nenhuma das ligações feitas pela reportagem foi atendida.

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