Logotipo Rádio HED

Redação: (31) 3253-2226

Comercial: (31) 3253-2210

Redação: (31) 3253-2226 - Comercial: (31) 3253-2210

Três semanas de desespero e para achar o próprio eleitor

Publicado em 12/09/2016 às 20:46.Atualizado em 15/11/2021 às 20:48.

Quinze dias, ou três semanas, três debates na televisão e muita tensão para controlar o desespero e encontrar algum espaço nessa reta final da campanha em Belo Horizonte. Alguns dizem acreditar, que o bicho vai pegar nesse período e até mudam a estratégia, ou vão sem ela, mas as pesquisas disponíveis não são incentivadoras dessas crenças. Além do tempo curto (de apenas 45 dias), a pulverização da campanha em 11 candidaturas polui a comunicação e dificulta a percepção desse e daquele candidato.

Na televisão, os programas se sucedem como se fossem a continuação, e o eleitor não sabe distinguir quando um acaba e começa outro. Sem falar das 140 inserções comerciais que, diariamente, aparecem na tevê e no rádio. Já tivemos 15 dias de propaganda na televisão e 30 dias de rua. Quem não se mexer tende a continuar onde está e quem cresceu pode continuar a fazê-lo. 

Das mudanças feitas, o candidato oficial, Délio Malheiros (PSD), trocou o discurso de continuidade pelo da desconstrução do candidato que está à sua frente, Alexandre Kalil (PHS), hoje, na segunda colocação. Pode acertar na mudança, mas erro no alvo, porque o eleitor de Kalil, aquele que está insatisfeito com tudo, não tem o mesmo perfil do eleitor de Délio. Seus possíveis eleitores estão mais no campo do primeiro colocado, João Leite (PSDB), que buscam o voto seguro, do conhecido e do que, dentro das regras conhecidas, pode fazer algo. Enquanto Délio se perdia na continuidade e, agora, volta-se contra Kalil, João Leite vai fazendo promessas e mais promessas.

Caso consiga tirar eleitores de Kalil, que ficariam sem rumo, Délio ajudará João Leite a vencer até no primeiro turno. Quem segue sem estratégia é o candidato do PMDB, Rodrigo Pacheco. Apesar de representar a renovação, ter boa presença e argumentos, Pacheco não conseguiu ser diferente, o novo e alternativo político sem ser antipolítico, onde Kalil encontrou seu eleitor. 

Mais do que desespero e ataques, o desafio de quem está fora do jogo é identificar onde está o seu eleitor. Apesar da confusão de mensagens, o eleitor terá que prestar mais atenção nessa hora em que o nível de interesse dele começa a aumentar.

Hora de mostrar as contas
Termina às 23h59 desta terça-feira (13), o prazo para que os candidatos enviem a prestação de contas parcial de campanha à Justiça Eleitoral. Até as 10h de ontem, só 20% cumpriram a obrigação ou, do total de 478.887 candidatos, só 100.203 apresentaram os dados. Nos relatórios, eles devem apontar quais são os recursos do Fundo Partidário e aqueles recebidos para financiamento de campanha eleitoral e dos gastos realizados. A parcial deve incluir o período inicial (16 de agosto) até o dia 8 de setembro. 

Após o envio, os dados serão divulgados no Portal do TSE na próxima quinta-feira (15). Já as doações em dinheiro de pessoas físicas, de acordo com a lei, os partidos e candidatos são obrigados a informar à Justiça Eleitoral em até 72 horas contadas do seu recebimento. 

Salve-se quem puder
Ninguém mais duvida que Eduardo Cunha está frito. Os amigos e aliados dele o jogaram às feras como tentativa de sobrevivência. Todos sabem, porém, que a única saída dele, para tentar reduzir a pena própria, da mulher e da filha, será a delação premiada. 

Compartilhar
Ediminas S/A Jornal Hoje em Dia.© Copyright 2025Todos os direitos reservados.
Distribuído por
Publicado no
Desenvolvido por