JOINVILLE

Novo cartão-postal: Baía Babitonga reúne beleza, natureza e espécies diversas

Maior estuário de Santa Catarina revela ilhas e manguezais em meio ao crescimento do turismo náutico e à revitalização da região

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 08/10/2025 às 18:42.Atualizado em 08/10/2025 às 19:59.
Com águas navegáveis, ilhas e manguezais, a Baía Babitonga desponta como novo cartão-postal de Joinville (Divulgação)
Com águas navegáveis, ilhas e manguezais, a Baía Babitonga desponta como novo cartão-postal de Joinville (Divulgação)

Quando se fala em Joinville , logo vem à mente o Festival de Dança, a Festa das Flores ou a tradição industrial da maior cidade de Santa Catarina. Mas poucos sabem que o destino guarda um tesouro natural que começa, aos poucos, a ser revelado aos turistas: a Baía Babitonga, o maior estuário do estado, com mais de 150 km² de águas navegáveis, ilhas, manguezais e uma biodiversidade surpreendente.

A baía tem relevância histórica e econômica: foi via de navegação para colonizadores, pesca e transporte entre Joinville e São Francisco do Sul. No século 19, entrou em operação o Vapor Babitonga, primeiro transporte motorizado da região, que marcou o início da navegação moderna local.

Ali vivem espécies únicas, como a toninha, pequeno golfinho ameaçado de extinção cuja única população residente no mundo habita a região. É também o palco de bandos de guarás vermelhos, biguás que levantam voo em milhares e botos-cinzas que saltam próximos às embarcações, surpreendendo quem acompanha os passeios pela baía. Ao embarcar por suas águas tranquilas, o visitante descobre que Joinville tem muito mais a oferecer do que o esperado. E a Baía Babitonga é o cartão de visitas perfeito para essa nova fase.

No mês de setembro, o público pôde sentir um gostinho desse potencial com a estreia do Festival Vigorelli, que reuniu gastronomia, música e lazer na “praia” de Joinville, celebrando a revitalização da região e trazendo à tona a relação da cidade com o turismo náutico.

“A ideia do festival nasceu de um movimento colaborativo entre empreendedores e moradores. Queríamos valorizar a Baía da Babitonga como patrimônio natural e cultural, destacando seu potencial turístico e náutico, além de fortalecer a identidade local”, conta André Guesser, diretor criativo da PNK For Fun & Co, organizador do evento.

Dez restaurantes participaram oferecendo pratos como mariscos e baiacu, dois clássicos da região, entre outros peixes como tainhota, parati, robalo e pescada amarela. 

Experiências para quem quer explorar a baía

Antes mesmo do Festival, Joinville já vinha se estruturando e hoje há pelo menos quatro experiências focadas no turismo náutico:

  • Passeios de barco pela Baía Babitonga, com paradas em ilhas como a dos Herdeiros e Flores.
  • Canoa havaiana a partir da Marina Porto do Sol, em remadas de duas horas que revelam manguezais e canais.
  • O tradicional Barco Príncipe de Joinville, que parte dos Espinheiros rumo a São Francisco do Sul.
  • Aluguel de lanchas para roteiros exclusivos que combinam praias, vilas históricas e mergulhos em águas calmas.

A cidade está ampliando a infraestrutura para receber os visitantes, como o cais flutuante do Parque Porta do Mar, que permitirá atracar embarcações de até 100 pés e vai reforçar a vocação turística dos Espinheiros — já conhecida pela boa gastronomia.

Se a região dos Espinheiros, o Museu de Sambaqui e as marinas já mostram a tradição náutica da cidade, a revitalização de áreas como Vigorelli e os novos investimentos públicos e privados apontam para um futuro próximo em que Joinville vai poder ser reconhecida também como um destino náutico de destaque no sul do Brasil.

Para saber mais sobre as opções do turismo náutico em Joinville, acesse https://www.visitejoinville.com.br/turismo-nautico-joinville

*Diretor executivo da Assimptur, parceira do Hoje em Dia

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