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Circuito das Águas

Serra Negra celebra o Dia Internacional do Café com tradição e turismo rural

Ligada à cafeicultura há mais de dois séculos, a cidade transformou o cultivo em patrimônio e experiência

Cláudio Lacerda Oliva*
turismologoali@hojeemdia.com.br
Publicado em 30/09/2025 às 19:29.Atualizado em 30/09/2025 às 19:36.

Nesta quarta-feira (1º), o mundo se une para celebrar o Dia Internacional do Café, data oficializada pela Organização Internacional do Café (OIC) em 2015. Muito além de uma bebida, o café é símbolo de encontros, afeto e identidade cultural em diversos países. No Brasil, maior produtor do grão no planeta, a ocasião ganha ainda mais relevância. E, no coração do Circuito das Águas Paulista, Serra Negra é um dos destinos que melhor representam essa herança.

Ligada à cafeicultura há mais de dois séculos, a cidade transformou o cultivo em patrimônio e experiência. O café está presente até no brasão oficial do município e se tornou um dos pilares da economia e da cultura local. Com registros de comercialização de café datando de 1850, a cultura rapidamente tomou o protagonismo, ao ponto de, em 1882, a cidade receber um ramal ferroviário da Companhia Mogiana com o objetivo de escoar a produção rumo ao porto de Santos.

Nas últimas duas décadas, produtores locais investiram em conhecimento técnico, em práticas sustentáveis e em processos de torra e cultivo cada vez mais sofisticados. O resultado desse esforço coletivo é que o café de Serra Negra passou a conquistar prêmios em feiras nacionais e internacionais, sendo reconhecido entre os melhores da América do Sul. Esse reconhecimento fez com que a bebida deixasse de ser apenas parte do cotidiano local e se tornasse um atrativo turístico de peso.

O Café Nonno Marchi é um dos principais representantes dessa nova fase do turismo rural cafeeiro. Localizado na Rota do Café, o empreendimento familiar cultiva grãos 100% arábica a 1.150 metros de altitude, oferecendo visitas guiadas que vão do pé à xícara, com direito a conhecer a lavoura, os processos de produção e, claro, degustar o café com vista para o vale das Três Barras. São 19 hectares plantados e mais de 100 anos de tradição passada de geração em geração.

Outro destaque é o charmoso Museu do Café Vale do Ouro Verde, que oferece o passeio cultural "Do cafezal ao cafezinho". A iniciativa alia história, natureza e cultura, com acervo de objetos antigos, máquinas e fotos que contam a trajetória da família imigrante italiana fundadora da propriedade e sua paixão pelo café. O espaço, emoldurado por cafezais, funciona aos fins de semana com entrada franca e atendimento a grupos com agendamento.

Já o Café Santa Serra, outro ponto imperdível, proporciona uma pausa para apreciar a bebida em um ambiente bucólico e acolhedor. Ideal para quem busca relaxar e se conectar com os sabores e aromas de um bom café artesanal em meio à natureza exuberante de Serra Negra, onde é possível visitar e conhecer o terreiro de café e sua linha de produção.

A cidade também é berço de marcas reconhecidas, como o Café Grão da Serra e o Café da Montanha, que, embora não recebam visitantes em suas propriedades, reforçam a tradição e qualidade do grão serra-negrense no varejo.

Para mais informações sobre o destino além de dicas de hospedagem e restaurantes acesse: https://visiteserranegra.com.br e www.instagram.com/visiteserranegraoficial 

*Diretor executivo da Assimptur

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