Uma falha no currículo da BMW foi nunca ter criado uma versão perua do esportivo M3. Ela até desenvolveu um protótipo na geração E46, mas não levou para frente. Enquanto isso, a Audi fez história com modelos como RS2 Avant, RS4 e RS6, assim como a Volvo com lendária V70 T5 e Mercedes com versões assinadas pela AMG de suas Estates Classe C e E.

Mas na atual geração do Série 3, a casa de motores da Bavária resolveu corrigir a falha no percurso e foi além. Além do inédito M3 Touring, a perua ainda ganhou uma versão CS. A sigla corresponde a evolução máxima aplicada ao sedã (M3) e ao cupê (M4).

E para comprovar que a decisão foi certeira, a marca levou a perua para percorrer os 21 km do anel norte de Nurburgring (Nordschleife). Com tempo de 7m29s490, o modelo fez a volta seis segundos mais rápido que o M3 Touring “convencional”. Entre os BMW, de série, a perua foi o sexto mais rápido no “Inferno Verde” até hoje.

Um dos fatores que contribuíram para a excelente performance da perua é o fato de contar com tração integral xDrive, diferentemente de antigos modelos da marca que ofereciam apenas tração traseira. Com maior aderência e distribuição de torque nas quatro rodas, o modelo foi capaz de contornar as mais de 70 curvas do circuito. 

Sob o capô, o BMW M3 CS Touring traz o mesmo conjunto mecânico do M3 CS sedã. Ela é equipada com motor 3.0 de seis cilindros em linha, biturbo, com 550 cv de potência e 66,3 kgfm de torque. A transmissão automática de oito marchas. 

Vale lembrar que o sistema de tração também pode operar no modo 4x2, privilegiando a traseira. Com esse conjunto, a perua acelera de 0 a 100 km/h em apenas 3,6 segundos, segundo dados oficiais.

Por fora, o M3 CS Touring recebeu os mesmos apêndices aerodinâmicos do sedã e do cupê M4, com direito a difusores, e novas saias. A perua também recebeu nichos para direcionar o fluxo de ar para o coletor, radiadores e resfriamento dos freios.