ADEUS

Chefão da VW anuncia fim de marca espanhola, mas manterá divisão esportiva

Marcelo Jabulas
@mjabulas
Publicado em 06/09/2023 às 15:17.
 (Seat/Divulgação)

(Seat/Divulgação)

Com passagem meteórica no Brasil, poucos se lembram da espanhola Seat por aqui. A marca que integra o Grupo VW tem resistido ao tempo, mas não o suficiente para para os executivos do grupo alemão. 

Thomas Shäfer, CEO da Volkswagen, confirmou, em entrevista à revista britânica Autocar, tirará a marca do mercado. No entanto, manterá a divisão esportiva Cupra. 

E o motivo é simples, a Cupra vende bem e é mais rentável que a Seat. Para se ter uma ideia, de janeiro a julho, a Seat vendeu 155 mil carros. Já a Cupra anotou 112 mil. A diferença é que o tíquete médio da Seat é de 18 mil euros, já os Cupra partem de 30 mil euros. 

Ou seja, 65% mais caro, o que se traduz em maior faturamento com menor volume. Mas a VW quer produzir muitos Cupras. A meta é chegar a 500 mil unidades já em 2025.

O otimismo se justifica pelo apelo comercial da Cupra. Seus carros têm uma proposta de esportividade que a VW não consegue entregar em toda gama. Um exemplo é o Born. Trata-se da versão espanhola do "aguado" ID.3, que não tem aquele jeitinho pacato dos elétricos da Volks.

Seat no Brasil

A Seat chegou ao Brasil em 1995. Ficou por aqui até 2002. Por aqui vendeu apenas três modelos: o sedã Córdoba, o hatch Ibiza e o furgão Inca, uma espécie de Fiorino do grupo VW.

A Cupra

Antes de virar marca, a Cupra era a divisão de alto desempenho da Seat. Criada em 1985 foi responsável pelo departamento de corridas e modelos comerciais como Leon Cupra e Ibiza Cupra. 

Em 2018 se tornou uma marca independente, assim como a DS fez com a Citroën. E pelo visto a manobra valeu a pena.

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