
O amigo (amiga) que conferiu nosso teste do Chevrolet Trailblazer deve ter tido duas percepções: a primeira é que o SUV raiz foi capaz de superar a barreira do tempo. A segunda é que ele não é nada barato. O preço de R$ 411 mil é uma pequena fortuna para a maioria dos brasileiros.
Mas é possível levar um SUV bruto para a garagem por um fração desse valor. Estamos falando do Chevrolet Blazer 2005. Este veterano tem valor, segundo a Fipe, na casa dos R$ 57 mil. E olha que estamos falando da versão Executive, bem equipada.
Claro que estamos falando de um SUV de 20 anos e que não conta com modernidades como assistentes de condução e nem mesmo multimídia. Mas é uma opção para quem busca um carro com estrutura valente e não abre mão da robustez do motor diesel e da tração 4x4.
O Blazer é equipado com motor 2.8 turbodiesel de 132 cv e 34,7 kgfm de torque e é combinado com caixa manual de cinco marchas e tração 4x4. De série, oferece ar-condicionado, direção hidráulica, vidros, travas e retrovisores elétricos, bancos revestidos em couro, airbag duplo, freios ABS nas quatro rodas, computador de bordo, volante com ajuste de altura e sistema de som com CD player.
No exterior, destaca-se pelas rodas de liga leve aro 16, pintura metálica, rack de teto, para-choques na cor da carroceria e faróis de neblina.
Ou seja, um pacote de comodidades que era o supra-sumo há 20 anos, mas deixa a desejar pela falta de portas USB e conectividades.
O painel de baia simples não permite a instalação de multimídias de terceiros. Assim, quem apostar no grandalhão terá que tirar a poeira dos CDs ou apostar num rádio com porta USB para conectar o celular e navegar a partir da tela do telefone.
Ao volante
Aqui no HD Auto já testamos várias vezes o Blazer de primeira geração. É um SUV com arquitetura arcaica, com posição de dirigir menos confortável que dos utilitários atuais, com banco baixo e pouca flexibilidade para as pernas. Mas é um carro legal de guiar.
O desempenho agrada pela boa oferta de torque, mas a força aparece em rotações elevadas (3.600 rpm), o que demanda pisar muito e saber trabalhar a transmissão. O fato de ter apenas cinco marchas estrangula um pouco seu desempenho na estrada e também afeta o consumo, que gira em torno de 7 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada.
Ou seja, um carro valente para quem busca um SUV barato e com robustez para encarar pavimentos e vias acidentadas e não pode gastar muito com um modelo novo. Mas é bom ficar atento que a manutenção do conjunto diesel não é barata. O lado bom é que essa geração antiga do bloco 2.8 aceita diesel S500, que é mais barato (apesar de mais poluente).