
Muito se discute sobre eficiência energética da mobilidade. Carros elétricos, limpos e inteligentes. Mas ao mesmo tempo, esses novos automóveis chegam mais pesados e apinhados de insumos que acabam anulando qualquer intenção de impacto ambiental.
Recentemente, a General Motors foi criticada pelo Hummer elétrico, um paquiderme de quatro toneladas, que é tão nocivo quanto uma daquelas picapes imensas cuspindo fumaça preta de óleo diesel.
Agora, a Citroën, que estreou seu novo emblema, acaba de revelar o conceito Oli. Está longe de ser um carro atraente aos olhos, mas tem formas impactantes justamente para atrair os olhares de quem for visitar o Salão de Paris, de 17 a 23 de outubro. O conceito utiliza materiais alternativos em sua construção.
Painéis que levam uns sanduíches de compostos e papel reciclado prometem rigidez e durabilidade, mas com baixo peso. Reduzir o peso do carro elétrico é um desafio para a indústria, pois as baterias são grandes e densas.
E quanto maior for o lastro, maior será o consumo de energia para deslocar o carro. Lembra do trambolho da GM? Ele demanda tanta energia para se deslocar que compromete sua autonomia.
Janelinhas
A Citroën também adotou janelas de dimensões menores justamente para reduzir a massa de vidros, que elevam o peso consideravelmente. O para-brisas é vertical justamente para ser menor e mais leve. Os bancos foram redesenhados e eliminaram 80% das peças de um assento convencional.
O Oli utiliza baterias de 40 kWh, menos potente que boa parte dos elétricos em circulação. No entanto, como o peso do carro é leve, elas garantem autonomia de 400 km e podem ter até 80% da carga regenerada em 23 minutos.
A velocidade máxima do francês esquisito é de 110 km/h, limitada pela marca, justamente para estender a autonomia. Isso porque manter aceleração elevada consome muita energia das baterias.
citroën apresenta conceito que antecipa tendências da mobilidade
É o futuro.