Dólar alto e tributação atinge importadores

da Redação
veiculos@hojeemdia.com.br
06/05/2016 às 22:38.
Atualizado em 16/11/2021 às 03:19
 (Rolls-Royce/Divulgação)

(Rolls-Royce/Divulgação)

Se o mercado de automoveis está ruim para os fabricantes, o cenário é ainda pior para impotadores que já acumulam queda de 44,6% em 2016, em relação aos quatro primeiros meses de 2015. Um dos motivos apontados pelas marcas é dólar elevado e a sobretaxa de impostos cobrada das marcas que não aderiram ao programa Inovar-Auto. 

Os dados são da Associação Nacional das Empresas Importadoras e Fabricantes de Veículos Automotores (Abeifa), e incluem apenas os dados das 18 marcas que trazem seus produtos de fora. Segundo a entidade, foram vendidas 12.716 unidades neste ano. O volume representa 2% do total do mercado de automóveis e comerciais leves no país. 

Para o ano, a Abeifa projeta 39 mil carros licenciados, números que não correspondem 20% do pico histórico de vendas de importados, registrado em 2011, quando foram comercializados 200 mil unidades. 

Com a luz vermelha piscando no painel, o presidente da Abeifa, José Luiz Gandini (que também representa a Kia), estima que o segmento deverá operar este ano com 450 concessionárias e 13.560 funcionários. Segundo o executivo, há seis anos eram 848 lojas e 35 mil funcionários.

Entre as marcas que fecharam suas lojas está a chinesa Geely, que tinha 26 pontos de venda e hoje tem cinco. O fabricante importava seus carros do Uruguai, onde mantinha uma unidade fabril, mas suspendeu as operações e importações, sem previsão de retorno.

Protecionismo
Para Gandini, o fim da cobrança da taxação extra do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de 30 pontos percentuais aos importadores seria um alívio no quadro atual. “Precisamos ter isonomia com os fabricantes nacionais, pois já pagamos a multa de 35% de Imposto de Importação para entrar no País”.


A sobretaxa é aplicada para qualquer automóvel fabricado fora do Mercosul e do México (que têm acordos comerciais com o Brasil). A medida criou cotas sem o imposto extra de acordo com a média de venda de cada marca (limitadas a 4,8 mil unidades ao ano). No entanto, a Abeifa afirma que em razão do câmbio atual, muitas empresas nem sequer preenchem a cota. 

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