
Quando se pensa em um carro extraordinário para as pistas, poucos são tão legais como o Lotus Seven. Uma baratinha de dois lugares de 1957 para suceder o Lotus Mk IV e que ficou em linha até 1972. Depois foi licenciado para a Catheram e segue em linha até hoje e ainda é um dos carros mais insanos para quem quer acelerar na pista.
Mas a holandesa Donkervoot há quase 20 anos se dedica a converter o Seven num carro moderno, mas sem perder sua essência. Agora, ela acaba de apresentar o F22, uma evolução direta do D8.
Esse Super Seven do futuro mantém o para-lamas dianteiro destacado da carroceria. O capô é imenso, como no carro da Lotus, assim com a traseira é diminuta. Mas o carro ficou mais moderno.
Apesar de ser estreito como o original, o para-lamas traseiro foi alargado, a traseira ficou mais charmosa, com extrator de ar no para-choque e lanternas afiladas que deram ao carro mais refinamento que o espartano “charuto” inglês. Ate os faróis ganharam desenho mais moderno e integrados à carroceria. A grade também impressiona.
Mas o que chama atenção mesmo são as portas do tipo tesoura do F22. Se Colin Chapman visse isso, teria um acesso de fúria e pensaria o quanto o carro ganhou de lastro para ter um enfeito inútil. Afinal, o Super Seven nem portas tinha.
Por dentro, o carro conta com ar-condicionado, navegador GPS e quadro de instrumentos digital. O suprassumo do luxo, quando se pensa em um herdeiro do Seven. Mas a marca holandesa garante que todos esses refinamentos não fizeram com que o F22 “engordasse” tanto. Seu peso é de apenas 750 kg. Uma baleia quando se comparado aos 540 kg do Seven.
Mas o lastro é compensado sob o capô. Se o carrinho dos anos 1950 tinha um motor 1.2 de 41 cv, o F22 tem um generoso motor 2.5 cinco cilindros turbo de 500 cv, fornecido pela Audi. É o mesmo motor RS3, que já testamos no HD Auto. A transmissão é manual de cinco marchas, como se espera de qualquer “herdeiro” do Seven.
Com o bloco alemão, o Donkervoort acelera de 0 a 100 km/h em 2,5 segundos, como um carro elétrico. E atinge máxima de 290 km/h, muito acima que qualquer elétrico.
A produção prevista para o F22 seria de 50 unidades. Mas a marca resolveu expandir para 75 carros, ao preço unitário de 245 mil euros (R$ 1,3 milhão).