Ferrari Purosangue não esconde o DNA da marca italiana, mas quebrou dogmas da casa de Maranello com a produção de um carro de quatro portas e em série (Divulgação)
Ninguém está imune à febre do SUV, nem mesmo a tradicionalíssima Ferrari. A marca de Maranello lançou em 2022 o Purosangue, seu primeiro SUV, depois de 70 anos negando-se a produzir um carro com mais de duas portas.
Mas nem mesmo a Ferrari com toda sua pompa foi capaz de rechaçar o nicho mais popular da indústria do automóvel. Ela não gosta de dizer que o Purosangue é um SUV, mas ele difere de tudo que a marca já fez, não há como negar.
Agora esse carro chega ao mercado brasileiro via importação independente. O preço sugerido é de R$ 5,8 milhões. Com essa grana, seria possível levar para casa 50 unidades do Chevrolet Tracker, o utilitário-esportivo mais vendido no Brasil em 2022.
Mas o Purosangue tem atributos para cativar o consumidor que pode desembolsar essa fortuna em um carro. Isso porque ele oferece a comodidade de um carro de passeio, com toda a mecânica endiabrada de um supercarro.
Para se ter uma ideia, o SUV italiano é equipado com motor V12 6.5, de aspiração natural. Essa usina desenvolve nada menos que 725 cv e 73 kgfm de torque. Tudo isso em rotações elevadas e um ruído metálico que nenhum outro utilitário do mundo consegue fazer igual.
Outro detalhe: o Purosangue acelera de 0 a 100 km/h e 3,3 segundos. Sua velocidade máxima é de 310 cv. Ou seja, é um jipão feito para andar nos asfalto.
A altura livre do solo é mínima e seus ângulos de entrada e saída ajudam a não raspar essa Ferrari em rampas e quebra-molas, mas definitivamente não garantem a transposição de obstáculos depois que o asfalto acaba. Os pneus têm perfil muito baixo. Ou seja, um buraco é garantia de bolha.
SUVs de Luxo
O mercado de SUVs de luxo não é novidade. A Land Rover vende jipões de luxo há mais de 40 anos. A Mercedes-Benz entrou na dança nos anos 1980, com o abrutalhado e caro Classe G.
A mesma Mercedes-Benz revolucionou o mercado SUV quando apresentou o ML (atual GLE), em meados dos anos 1990. A marca da estrela das três pontas foi seguida pela BMW, com o X5, e a moda pegou.
A Porsche saiu do buraco com o Cayenne, o que levou o Grupo VW a expandir para a Audi (Q7), Lamborghini (Urus) e Bentley (Bentayga). Jaguar, Aston Martin e Rolls-Royce também entraram na onda e viram seu faturamento aumentar.
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