
Foi no início dos anos 2000 que a Mercedes-Benz iniciou seu projeto de supercarros. O primeiro foi o superlativo SLR McLaren. Em seguida, baixou um pouco a bola com o extravagante SLS AMG, com suas portas asa de gaivota.
Com o AMG GT, a marca encontrou um superesportivo com maior potencial de mercado. O modelo teve várias versões, sempre equipadas com motor V8 biturbo 4.0.
Mas era um carro muito truculento. Um esportivo que penalizava o conforto. Os consumidores reclamaram e pediram que o carro ficasse mais amigável.
A Mercedes-Benz atendeu ao pedido da freguesia e apresentou a segunda geração do AMG GT mais acolhedora. O carro cresceu cerca de 20 cm e teve seu entre-eixos elevado em 7 cm. A largura também aumentou.
Tudo isso deu ao carro mais espaço interno. O suficiente para transformar o cupê num gran turismo 2+2. Isso mesmo, ele pode receber (opcionalmente) dois assentos extras. São dois banquinhos diminutos como no Porsche 911.
“O novo AMG GT Coupé combina características de direção altamente dinâmicas e esportividade distinta com um alto nível de conforto diário. Nosso novo GT é claramente o produto topo de linha em nosso portfólio diversificado e, portanto, não é apenas o mais jovem modelo de marca da AMG, mas também um claro compromisso com o carro esportivo feito em Affalterbach. Com o novo conceito de dimensão e 2+2 assentos opcionais, estamos respondendo diretamente aos desejos de nossos clientes”, explica o presidente do conselho de administração da Mercedes-AMG GmbH, Michael Schiebe.
Mas o que Schiebe não conta é que a razão da mudança era deixar o carro mais próximo do vizinho de Stuttgart. O 911 se tornou um case de sucesso. Um carro que está em linha há 60 anos e que pode ser um carro de corridas ou um charmoso esportivo para passear.
Boa parte dos 20 cm a mais do cupê foram parar no balanço traseiro, que ficou mais comprido. Além de acomodar o espaço dos banquinhos (que geralmente é utilizado para bolsas de viagens), o porta-malas também saltou de 170 para 250 litros.
Visualmente, o AMG GT trouxe uma evolução sutil em relação ao carro anterior. Devemos reconhecer que o GT original é um carro de design atemporal. Assim, a nova geração respeitou as linhas características do modelo.
Sob o imenso capô, o GT é equipado com o conhecido V8 biturbo 4.0. A potência foi ajustada para 585 cv e torque é de 70 kgfm. O carro tem tração integral, com seletor que permite direcionar 100% da força para as rodas traseiras. A transmissão é automática de nove marchas.
Tudo isso permite que o AMG GT acelere de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. A velocidade máxima é de 295 km/h.
O novo Mercedes AMG GT começa a ser vendido ainda este ano na Europa. Por aqui deverá chegar até o final de 2024.