Minivans aventureiras são solução para manter carrocerias na era dos SUVs

Marcelo Ramos
miramos@hojeemdia.com.br
20/07/2017 às 16:21.
Atualizado em 15/11/2021 às 09:40
 (Divulgação)

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No final dos anos 1990, o mercado brasileiro presenciou a instalação das novas fábricas de marcas como Renault/Nissan, Peugeot/Citroën, Mercedes-Benz, Honda e Toyota. Dessa turma, Renault e Citroën apostaram em monovolumes como a Scenic e Xsara Picasso. E não demorou para o restante da indústria seguir a tendência das minivans, que se adaptou bem ao habitat brasileiro, que não tinha tantos predadores e podia conviver com as peruas no segmento familiar.

Fiat com Idea, Chevrolet com o Meriva e Zafira, a Nissan com o Livina, e a Honda com o benquisto Fit também entraram na onda. Até o Volkswagen SpaceFox foi desenhado com linhas que integram a coluna A com o para-lamas, para ficar com cara de minivan e se diferenciar da envelhecida Parati. 

No entanto, com o “boom demográfico” dos utilitários-esportivos (SUV), as minivans, assim como as peruas, começaram a perder terreno e buscaram fôlego nas versões aventureiras. Fiat Idea Adventure, Citroën Aircross, e Honda Fit Twist são alguns exemplos. Até o Doblò ganhou uma versão “off-road”.

Mas o avanço dos jipinhos não cessou. Pelo contrário, continua avançando. Basta o leitor verificar o noticiário automotivo, inclusive aqui no HD Auto, e verá que os SUVs dominam os conteúdos. Se há 10 ou 15 anos o mercado de jipinhos compactos era explorado praticamente por Ford EcoSport e Hyundai Tucson, hoje há uma infinidade de modelos e inúmeras categorias, o que empurrou as minivans para o ostracismo.
A Fiat desistiu do Idea, devido ao baixo desempenho. Além da versão padrão e aventureira, ela até arriscou uma opção “esportiva”, a Sporting, mas sem grande sucesso.

A GM também sepultou Meriva e Zafira e colocou no lugar delas a desengonçada Spin. Scenic e Picasso também morreram há muito tempo.
 

Escoteiros

A solução da GM para continuar no páreo foi lançar a Spin Activ, que consegue ser mais estranha que o modelo que lhe deu origem e ainda conta com um estranho estepe na tampa do porta-malas. 

A Citroën sepultou o C3 Picasso para se dedicar apenas ao Aircross. Com estepe destacado, suspensão levemente elevada e carinha de bravo, a minivan francesa tem girado emplacamentos na casa das 600 unidades mensais.

Já a Honda levou o Fit para a prancheta, trocou a suspensão, modificou uma seção dianteira, decorou com plásticos em preto fosco e criou o WR-V.
Com um volume mensal de 1.800 unidades, o modelo tem se aproximado do Fit, que emplaca 2 mil carros por mês, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave).

Seja como for, a Honda já se antecipou a uma tendência irreversível que poderá extinguir o Fit a médio prazo. Daí, é bom o consumidor ficar atento onde irá empenhar seu dinheiro, para não levar um “dinossauro” para a garagem.

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