MOGI GUAÇU (SP) – A Mitsubishi acaba de lançar no Brasil a nova geração da picape L200 Triton, que chega com visual renovado, novo motor e um grande implemento de tecnologias que facilitam a condução. A picape produzida na unidade de Catalão evoluiu em relação à sua antecessora, tanto em acabamento quanto em conteúdos que a aproximam de um automóvel de passeio, seguindo os passos da Volkswagen Amarok, que em 2010 enxergou no segmento a aplicação além do veículo de trabalho.
Partindo de R$ 131.990, na versão GLS, a Triton chega como num degrau superior à geração anterior, que ainda continua em linha, partindo de R$ 92 mil. A nova geração ainda conta com outras duas versões: Sport HPE (R$ 164.990) e Sport HPE Top (R$ 174.990).
Visualmente, os novos faróis e grade seguem o padrão de estilo asiático, com linhas mais exageradas que as da antiga geração e de gosto duvidoso. A caçamba ficou mais alta e privilegia o maior volume de carga, enquanto a linha curva da base da carroceria (que internamente é chamada de “J Line”) foi preservada. 
Sob o capô a picape passa a ser equipada exclusivamente com um motor turbodiesel 2.4 de 190 cv e 43,9 mkgf de torque que se mostra muito mais eficiente e esperto que a antiga unidade 3.2 de 180 cv. 
Na estrada a picape se desenvolve rápido. O único senão é que a caixa automática conta apenas com cinco velocidades. Uma sexta marcha seria bem vinda em velocidades de cruzeiro com giro mais baixo e, consequentemente, menor consumo.
O nova Triton passa a contar com itens já presentes em modelos como S10, Ranger e Amarok, que é o seletor eletrônico de tração que aposenta de vez a segunda alavanca. A picape também conta com bloqueio de diferencial eletrônico e controle de estabilidade (ESP).
Todo emaranhado eletrônico auxilia o condutor a superar as conhecidas deficiências das picapes em relação à estabilidade, rolagem de carroceria e demais limitações direcionais que podem pregar sustos nos motoristas. 
O controle de estabilidade da L200 Triton impressiona e tem atuação muito rápida em situações de possível perda de trajetória, mantendo o carro “nos trilhos” mesmo que suas quase três toneladas teimem em empurrar a picape para fora da pista. O sistema de frenagem também foi revisto e o ABS atua de forma muito eficiente, fazendo com que a picape pare completamente em pouquíssimo espaço.

Fora de estrada
Além do asfalto, a picape ficou mais fácil de ser conduzida em terrenos acidentados. Basicamente, o motorista precisa apenas se ater à direção. O seletor eletrônico de tração facilita as mudanças na distribuição de carga e o bloqueio de diferencial praticamente impede que o carro atole ou patine em bancos de areia e valetas.

Por dentro
No interior, a arquitetura não mudou muito. A posição de direção é boa e tem bom espaço para as pernas. Quem vai atrás conta com um ângulo de inclinação do encosto mais confortável que nas demais picapes, mas os joelhos continuam elevados. Se as costas não são tão castigadas (como é de praxe nas picapes), as panturrilhas sofrem em longos deslocamentos. 
Por outro lado, o aplique de novas mantas acústicas no assoalho reduziu o nível de ruído externo, contribuindo para a sensação de conforto a bordo.
 

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