A Stellantis tem um novo presidente para a América do Sul. Com a saída de Emanuele Cappellano, que assumiu o comando das operações europeias, Herlander Zola é o novo homem forte para as operações do lado de baixo do Equador.
Zola chega para suceder dois nomes fortes na história recente do grupo, Capellano e Antonio Filosa. A dupla italiana foi responsável pela volta da Fiat à liderança de mercado, assim como a consolidação do grupo na região, sem falar da projeção das marcas Jeep e Ram, além do reposicionamento de Citroën e Peugeot.
Ou seja, num primeiro olhar tudo indica que Zola chega para pegar o mato aparado, no jargão popular. Mas não, o mato da indústria cresce rápido e está alto novamente, o que é ótimo para qualquer profissional.
E Zola terá muito “mato para ceifar”, pois ele estará incumbido de completar o processo de eletrificação da Stellantis. A Leapmotor iniciará suas operações no Brasil.
A marca chinesa estreia como importadora, mas Zola deixou claro que é fundamental para a expansão da operação a sua localização. Para bom entendedor, significa produção local. Questionado sobre como e quando isso aconteceria, o executivo se esquivou deixando no ar que tudo pode acontecer no futuro.
Mas além da chinesa, Zola capitaneará o lançamento do Jeep Avenger, que será o primeiro modelo nacional da marca com motorização eletrificada, assim como de boa parte das gamas das marcas sob seu guarda-chuvas. E se não bastasse, ele ainda será responsável pela produção local de uma nova marca do grupo.
Tudo isso fora o fato de ser o cicerone da comemoração dos 50 anos da Fiat, que terá como destaque seu novo compacto, derivado do Fiat Grande Panda italiano. O modelo pode ser exibido já no Salão do Automóvel de São Paulo, que acontece na segunda quinzena deste mês.
Mas o grande desafio do executivo é manter o ritmo que o grupo imprime no continente. Hoje, a Stellantis é líder na América do Sul, com protagonismo no Brasil e Argentina. “Nossa estratégia está dando certo e vamos continuar. Precisamos ser rápidos, mas com eficiência e excelência”, afirma Zola. Afinal, o mato da indústria cresce diante dos olhos todos os dias.