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Teste

Renault Duster Iconic Plus agrada pelo motor turbo, mas tem pecados que incomodam

Versão topo de linha do SUV francês combinou o bom motor 1.3 turbo com o espaço amplo, mas preço elevado e acabamento jogam contra

Marcelo Jabulas
Publicado em 18/08/2025 às 10:16.

O Renault Duster é um carro que merece todo respeito. Foi o primeiro SUV compacto nacional que rivalizou com o Ford EcoSport (que se deitou em berço esplêndido por oito anos).

Também foi a porta de entrada para uma parcela significativa dos consumidores no segmento SUV, pois por muito tempo teve preços competitivos e mecânica reconhecida.

Mas fato é que o mercado de utilitários-esportivos vive revoluções periódicas e o Duster pouco avançou. Em 2020 ganhou sua segunda geração e há dois anos motor TCe 1.3 turbo. Daí em diante pouco avançou, num momento em que seu irmão caçula (Kardian) chegou cheio de inovações e no fim do ano chega ao mercado o Boreal, que é tudo que o Duster sempre quis ser.

Nesses 14 anos, já testamos o Duster inúmeras vezes. E sempre pontuamos o excelente espaço interno e a robustez do SUV. E agora não foi diferente. Avaliamos a versão topo de linha Iconic Plus TCe.

O SUV agrada pelo bom espaço, o visual também é um ponto positivo. O Duster é bonito e encorpado (graças aos para-lamas alargados), com estilo suave, sem modismos como conjunto ótico em vários níveis e recortes que já estão presentes em seus familiares mais recentes.

Por dentro, agrada pela boa oferta de espaço para cinco ocupantes e o bom volume do porta-malas de 475 litros. O acabamento evoluiu em relação à primeira geração, mas depois de cinco anos (e novos rivais) o Duster empobreceu.

Plástico simples é padrão no mercado, mas a indústria tem buscado melhores equipamentos e texturas para justificar os preços elevados de seus jipinhos urbanos. E quando falamos em preço, a versão topo de linha do Duster não sai por menos de R$ 174.390. É caro, bastante caro.

O pacote de conteúdos também está aquém de seus concorrentes. Ele peca pela ausência de assistentes de condução e recursos sofisticados. Por outro lado oferece multimídia com conexão sem fio para Apple CarPlay e Android Auto. Tem como destaque as quatro câmeras que permitem visualizar o carro em todas as direções.

Mas esse multimídia está longe de ser moderno. Inclusive a Renault atualizou o sistema do Kardian recentemente. Parece besteira, mas o multimídia é um dos principais pontos de interação entre carro e motorista.

O pacote ainda conta com carregamento por indução e climatização digital. Bancos revestidos em couro completam a lista.

Ao volante

O Duster TCe agrada pelo bom desempenho do motor 1.3 turbo de 170 cv e 27 kgfm de torque. A unidade é combinada com transmissão do tipo CVT, com emulação de oito marchas.

O SUV é ágil e oferece toda sua força sem hesitar. O consumo, no combinado urbano e rodoviário (com etanol) , ficou na casa de 8,2 km/l.

Na cidade, o Duster resolve bem. É esperto no para e anda e a suspensão elevada não sofre com quebra-molas ou buraqueira das ruas brasileiras. Na estrada, o SUV é estável, sem oscilar nas curvas.

Palavra final

O Duster turbo é um carro legal, oferece bom comportamento, é bonito e esperto. Mas peca pelo peso, pela simplicidade e pela falta de assistentes de condução, fatores que podem fazer com que o consumidor migre para concorrentes melhor equipados.

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