
Salões de automóveis ainda não se recuperaram totalmente da falta de interesse dos fabricantes e até do público. Muitas feiras se reinventaram e focaram no mercado doméstico. O Salão de Tóquio não é diferente.
A mostra japonesa revelou os planos das pratas da casa para os próximos anos. Mas também deu indicadores de como anda a saúde financeira das fabricantes nipônicas.
O Grupo Toyota foi dominante em Tóquio, com várias propostas da Toyota e Lexus. Quem acompanha o HD AUTO conferiu curioso LS Micro Concept, que é uma espécie de Isetta robótico para 2050.
Já a Toyota, dona da Lexus, aproveitou o salão para revelar um estudo de como será o próximo Century. O sedã de alto luxo exclusivo para o mercado local foi reverenciado na mostra.
Depois de décadas, o modelo vai abandonar o estilo conservador por formas mais arrojadas reveladas em um SUV e um cupê. E se há três décadas o Lexus era a estrela das três pontas asiáticas, o novo Century quer ser o Rolls-Royce do Sol Nascente. Alguém duvida?
Outra proposta da Toyota é o conceito que dará vida ao novo Corolla. Futurista, o estudo ainda está longe do carro de produção, mas deixa claro que o sedã deixará de ser um carro conservador, finalmente.
A Honda gastou as fichas no Super-N Concept. Trata-se de um microcarro para concorrer no segmento Kei, que faz muito sucesso no Japão. Ele chega para ser o sucessor do simpático N One, que faz um grande sucesso por lá.
Subaru, Mazda e Suzuki também levaram seus estudos para médio prazo. A Mazda aposta mais um vez em modelos de médio porte, pensando no varejo japonês e também no norte-americano. Destaque para o Vision X-Coupé. Um belo cupê quatro portas elétrico, com 500 cv de potência e autonomia estimada de 800 km.
A Subaru fez uso de seu legado para apresentar o Performance-E STI Concept. Trata-se de um esportivo elétrico inspirado no Impreza WRX STI, carro que tornou-se a marca mundialmente famosa por sua atuação no WRC. O conceito recorre a elementos como as rodas douradas e a pintura azul, eternizada pelo Impreza 555 que deu o título de pilotos ao saudoso escocês Colin McRae, em 1996.
Pragmática, a Suzuki apresentou o Fronz FFV Concept, versão bicombustível do SUV compacto Fronz vendido no mercado asiático. Com a rigidez das leis de emissões em todo mundo e as correções de rota no modelo ufanista de eletrificação, a indústria viu que precisa de soluções amigáveis ao ambiente para se manter no mercado. O canavial venceu.
E por fim, a Nissan. Na penúria, a marca japonesa não teve muito o que mostrar e não pode esperar o amanhã, pois passa fome hoje. Ela levou o Elgrand, uma van de luxo para até sete ocupantes, com poltronas individuais na fileira central. O modelo chega para concorrer com similares japonesas e também com um monte de modelos chineses com a mesma proposta e mais tecnologia.