A eletrificação dos automóveis é um caminho irreversível. Se em mercados como o europeu, se busca abolir o motor a combustão na próxima década. Aqui o compasso é mais lento. Muitas marcas acreditam que a partir de 2035, os elétricos corresponderão a mais de 50% dos emplacamentos.

Mas para o presidente da Stellantis na América do Sul, Antonio Filosa, a realidade é outra. Num encontro com jornalistas, o executivo napolitano fez um panorama sobre o desempenho do grupo no país e seus planos para o futuro.

Segundo Filosa, em 2030, 20% da gama dos produtos Stellantis (que abarca as marcas Fiat, Jeep, Citroën, Peugeot e Ram) será electrificada. Questionado em qual grau seria a eletrificação, o executivo explicou que será no formato híbrido leve.

“Vamos eletrificar nossa gama no modelo mild-hybrid, que somado ao uso do etanol nos garantirá mobilidade limpa. Pois o plantio da cana-de-açúcar absorve carbono, que neutraliza os impactos da atividade de extração de baterias”, explica.

O modelo híbrido leve, ou mild-hybrid, combina o motor a combustão com um módulo elétrico de 48 volts. Essa unidade assume a função de agregados como motor de arranque e alternador de um motor convencional. Além disso, ele também pode fornecer torque para as rodas, em situações de baixa demanda, como engarrafamentos, aumentando a eficiência do motor.

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