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Publicado em 09/04/2016 às 17:43.Atualizado em 16/11/2021 às 02:52.

Quando o navio está afundando, cada um busca um jeito para se salvar. Tem aqueles que ficam boiando. Alguns conseguem um lugar no bote, outros abraçam uma boia. Outros tentam se escorar em um pedaço de madeira. E há ainda quem se agarre a uma pedra para afundar mais rápido. Nesse momento, percebam, surgem as ideias mirabolantes. Agora falam em convocar eleições gerais para outubro. “Essa é a solução ideal”, profetizam alguns.
Entre a realidade e o sonho, no entanto, há a lei. É ela o bote a que devemos recorrer para chegarmos com serenidade a um porto seguro. A saída democrática é a legal e não devemos nem podemos fugir disso, sob o risco de engolirmos ainda mais água. Pela lei atual, novas eleições presidenciais só são possíveis se tanto o cargo de presidente quanto o de vice ficarem vagos. E não há como mudar as regras com o jogo em andamento por mais forte que seja a tempestade.
Não nos enganemos, o chamado impeachment poderá trazer seus traumas para o país. Traumas que precisarão ser superados para o bem do Brasil. Mas o Congresso não pode assistir a prática de crime de responsabilidade e se calar. E tem que tomar uma posição firme.
Há uma percepção geral na população de que a situação não é boa. Pior que isso é que também não há perspectiva positiva sobre o futuro. Estamos diante de grandes interrogações.
Tudo isso é muito ruim porque os resultados são sentidos no dia a dia. Preocupa-me muito, por exemplo, as notícias veiculadas pela imprensa nessas últimas semanas que mostram o fechamento de empresas e o aumento substancial, e cada vez maior, do índice de desemprego.
Quem está satisfeito com a situação atual? Fica cada vez mais claro que é preciso dar um fim a esse governo por tudo o que criou, por todas as práticas nefastas que realizou, pela absoluta omissão, pelo despreparo, pela incompetência, pela leniência e pela má-fé.
Desde a redemocratização, entre altos e baixos, o Brasil vinha em um crescente. A campanha pelas Diretas Já mostrou uma sociedade engajada e participativa. A Constituição de 1988 garantiu maior cidadania à população com a conquista de importantes direitos individuais, políticos e sociais. Os governos dos presidentes Itamar Franco e Fernando Henrique Cardoso deram ao Brasil a estabilidade econômica, deixando transparente a importância da responsabilidade fiscal. Com isso, a partir dos anos 2000, novos avanços sociais positivos puderam ser realizados.
Pensemos, no entanto. E agora? O que temos? Lamentavelmente, o que esse governo nos lega é a política do improviso, com a entrega de pedaços do Estado para partidos políticos. Assistimos, estarrecidos, um escambo da pior espécie para garantia da perpetuação no poder a qualquer custo.
Dizem que a saída do PT do governo não é a solução. Ela não é a única. Mas, com certeza, solução nenhuma é possível com a situação como está. Que os responsáveis por esse estado de coisas possam refletir um pouco. Assumam os erros, peçam desculpas, e devolvam o Brasil aos brasileiros. Nosso país tem potencial enorme, gente que quer fazê-lo dar certo. Temos condições de reverter esse quadro. Vamos logo virar essa página.

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