2021 se despede em meio a risco de nova onda da Covid em Minas

Luiz Augusto Barros
@luizaugbarros
30/12/2021 às 19:58.
Atualizado em 04/01/2022 às 00:16
 (Pixabay/Reprodução)

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O ano novo começa sob alerta de autoridades de saúde para o risco de nova onda da Covid diante do aumento de casos não só em Minas, mas em todo o mundo. Com um cenário mais favorável em relação a períodos anteriores, houve um relaxamento da população quanto às medidas sanitárias, mesmo com a circulação da variante Ômicron.

No Estado, os testes positivos para a doença, em 24 horas, dispararam, ultrapassando a marca de mil nos últimos três dias. A quantidade não era registrada desde 2 de dezembro. A Secretaria de Estado de Saúde (SES), porém, afirma que houve um represamento nos dados, o que inflou os números.

Mas o cenário de crescimento das notificações já é visto há algum tempo fora do país. Nesta semana, os Estados Unidos bateram recorde de infectados e, pela primeira vez em toda a pandemia, o mundo inteiro somou um milhão de diagnósticos em um dia.

Para Estevão Urbano, membro do Comitê de Enfrentamento à Covid de Belo Horizonte há possibilidade de se iniciar uma nova onda do coronavírus. “Teremos alguma repercussão na próxima semana por causa do Natal. Quanto mais tempo for passando, mais claro vai ficar o cenário. Acho que podemos avaliá-lo por volta de 15 de janeiro”, afirmou o infectologista.

Ao mesmo tempo que a incidência do vírus aumenta no território, as ocorrências da Ômicron também sobem, com 130 registros da cepa em 15 municípios. No entanto, Unaí Tupinambás, do grupo de médicos do Executivo da capital, afirma que os óbitos não acompanham a curva ascendente. “Essa variante vai encontrar a população brasileira mais imunizada. Então, a expectativa é que possa ter um aumento de casos, mas que não se reflitam em casos graves”.

Outro fator que chama a atenção das autoridades de saúde é a gripe. “O que agrava a nossa situação é a influenza, H3N2, que tem tido um impacto grande na assistência médica, principalmente nas crianças”, completou Unaí.

Por conta do crescimento das doenças respiratórias neste fim de ano, a recomendação é continuar com as medidas sanitárias. “Manter o uso de máscaras, evitar ambientes fechados, dando preferência para encontros em ambientes abertos, protegendo nossos parentes e amigos”, finalizou.

Mais riscos
Infectologista da Sociedade Mineira de Pediatria, Gabriela Araújo Costa lembra que são feitos poucos testes para verificar o total de doentes. Com o relaxamento das medidas de proteção, ela faz um alerta para o período de férias. “As pessoas estão se deslocando mais agora, então a chance de ocorrer mais transmissão é maior”. 

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