A cara dos anos 80, os brincões estão de volta; use e abuse

Flávia Ivo
fivo@hojeemdia.com.br
24/09/2017 às 06:00.
Atualizado em 15/11/2021 às 10:42
 (NIKLAS HALLE’N/AFP)

(NIKLAS HALLE’N/AFP)

Seja bem-vindo, exagero! Pelo menos para quando o assunto são os brincos pensados pelas marcas mais famosas do mundo para as temporada Primavera/Verão 2018. Seja na São Paulo Fashion Week ou nas semanas de moda de Nova York, Londres, Madri ou Milão, os acessórios extra-grandes assumiram o papel de protagonistas, com uma clara inspiração nos anos 80. 

Tão oitentistas que a Gucci, que desfilou na Itália, e Marc Jacobs, com apresentação na fashion week da Big Apple, somaram os maxibrincos a outros adereços muito característicos da década que ficou marcada pela overdose de comprimentos e larguras. 

A grife italiana apostou nos óculos grandes ou de pegada futurista e nas faixas coloridas torcidas e amarradas no topo da cabeça. Já Jacobs utilizou os turbantes e broches que, aqui no Brasil, fazem lembrar a personagem de Regina Duarte na novela “Roque Santeiro”, a Viúva Porcina.

Para a Flávia Virgínia, professora do curso de Moda do Centro Universitário UNA, mesmo que o formato grande remeta à década, a tendência dos brincões não é uniforme. “As marcas buscam uma moda que seja distinta, com uma história para comunicar. Usam materiais variados como tecido, madeira, acrílico”, esclarece.

Desenvolvimento

As diversas possibilidades mostradas pelas grifes realmente dão personalidade e diferenciação aos acessórios. Um caminho que segue a marca mineira Ápice Studio, lançada no fim de 2014 pela designer Lorena Viana Fernandes, de 27 anos.

Ela passou um bom tempo fora do Brasil e já percebia uma tendência dos players da moda internacional pela reinserção dos brincos e também colares extra-grandes. “Desde lá, sempre tenho modelos de maxibrincos em minhas coleções”, revela.

Inicialmente, Lorena desenvolvia as peças em madeira que, posteriormente, eram pintadas à mão. No entanto, depois do retorno à terra natal, deu um restart na marca e passou a criar acessórios em acrílico cortados a laser.

“Primeiro, desenvolvo os desenhos, depois vetorizo no computador e mando para uma empresa que faz os cortes das peças. Aí, finalmente, faço a montagem”, explica a designer.Pedro Gontijo / N/A

Designer Lorena Viana aposta na tendência para criar as peças


Em uso

Mas, como aplicar a tendência das passarelas no dia a dia? Seja usando o acessório nas duas orelhas ou em uma só, “a primeira coisa a se pensar antes de decidir pelo maxibrinco é qual a imagem deseja passar e em qual ambiente pretende usá-lo”, ensina Patrícia Carvalhais, gerente de produtos em moda e beleza do Senac.

Se trabalha em um ambiente corporativo mais formal, que tem claramente um código de vestimenta, maxibrincos com menos cores e que tenham proporção mais vertical são opção, diz a especialista.

No entanto, uma pessoa que tem o estilo mais criativo e frequenta locais que não restringem a vestimenta, pode mergulhar fundo nas sugestões que ilustram estas páginas.

“É importante que a imagem fique coerente com a personalidade. Se te incomodar, será nítido, você vai ficar o tempo todo colocando as mãos no brinco”, coloca Patrícia Carvalhais.

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