
A importante e robusta indústria da moda, posta nos bastidores enquanto brilha o glamour, é destaque na primeira edição do Mood - Festival de Moda, que começou nessa quarta-feira (20) e segue até sábado (23), em espaços públicos e privados na capital mineira.
"Por maior glamour que a moda tenha, ela é feita todo dia, garantindo o emprego e a renda. E a nossa intenção é trazer esse ponto de vista, essa percepção para a cidade. Porque o poder público tem limitações, inclusive de investimento", observou Cristiane Amaral Serpa, subsecretária de Assuntos e Investimentos Estratégicos da Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), durante a abertura do evento.

Artistas plásticos e grafiteiros fizeram intervenções em peças que serão desfiladas no Mercado Central, no sábado; confira na programação
“Embora seja uma palavra inglesa, a moda é muito globalizada, o propósito é estar em um mood de moda. Que possa ser transversal, com cultura, negócios e turismo”
Natalie Olifson
Curadora do Mood e integrante da Frente da Moda Mineira
A intenção é reafirmar Belo Horizonte como Capital da Moda, isso por meio de uma programação recheada de atividades, não só promovidas pela prefeitura, mas com os eventos propostos pela população, que teve a oportunidade de participar de um chamamento público.
“A moda sempre está no segundo caderno (uma referência aos jornais impressos), mas moda é emprego, é desenvolvimento econômico”, afirmou Cristiane Serpa, que apresentou dados que comprovam a potência do segmento.
"Temos períodos de efervescência de moda ao longo da história de Belo Horizonte, existe um entrelaçamento de setores.A moda é marcante em nossas vidas, além da importância econômica e da diversidade de manifestações"
Claudio Beato
Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico
Cenário
De acordo com a Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) 2018, mais 28 mil pessoas estão empregadas no setor em BH, fazendo com que a cidade seja a quarta no Brasil em trabalhadores da moda.
Atuantes no comércio são 75% (21 mil), na indústria, 25% (6.700), e em serviços, 2% (500). Do total, 71% são do sexo feminino. Ou seja, “a moda tem impacto na equidade de gênero e oportunidade, dando espaço às mulheres”, colocou Serpa.
"Precisamos ter um olhar para este setor, para além do design, como negócio. Assim, conseguimos valorizar, cada vez mais, o nosso produto"
Patrícia Carvalhais
Gerente de produtos de moda e beleza do Senac e coordenadora do curso de Estética das Faculdades Promove
“O Mood se integra ao calendário de festivais, que são um compromisso da PBH. Você tem uma agenda da moda pensada de uma dimensão cultural, outra da econômica, e da democrática, que a moda tem que ter. Este festival navega por todos os vieses da moda”, apontou Gabriel Portela, secretário-adjunto municipal de Cultura.
Agenda
O evento reúne cerca de 80 atividades culturais, como palestras, oficinas, desfiles e bazares. A extensa programação estará espalhada por BH, sendo parte no Museu da Moda (Mumo) e na Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte – CDL-BH, parceira na realização do Festival.
Leia mais: